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Menos Zs, mais Is

Uma amiga me mandou essa reportagem aqui falando de um estudo que mostrou que as pessoas com QI mais alto tendem a dormir mais tarde e serem mais produtivas a noite. Ignore a parte que diz que o mesmo hábito também pode ser causa direta de obesidade, hipertensão, depressão e outras bobeirinhas dessas.

Viu, mãe? Agora pode parar de repetir que eu tenho que dormir cedo. A culpa não é minha, é do meu QI. A julgar pela minha média de produtivdade versus hora do dia meu perfil é de uma obesa, hipertensa e depressiva, mas um gênio. Afinal de contas, nada que uma lipo e uns remedinhos tarja preta não resolvam.

Essa vai pra lista de reportagens favoritas, junto com aquela que lista todos os (dois) benefícios do chocolate e aquela outra que fala que as mães boas são aquelas que deixam os filhos comerem terra. É por isso que eu amo a ciência (e até as bem frequentes más interpretações dela), sempre tem alguma coisa que faz alguém feliz, e o que não faz, a gente ignora!





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Fases

Ele:
Celebrou recentemente os tão temidos 40 anos. Relembra nostálgico como era bom ter 20 anos e como a vida era fácil. Ainda não comprou um carro esporte já que seu fraco sempre foi mesmo por carro de tiozão. Não trocou a mulher de 40 por duas de 20 até porque a mulher ainda está nos 20 (e ai de quem lembrar que isso acaba logo).
Está completamente absorvido pelo sonho da casa própria (cade o carnê do Baú nessas horas?) e gasta cada segundo extra vendo e decidindo coisas para a tal casa que se fosse por ele, teria escorregador, pssagem secreta e a melhor ideia de todas: Um buraco gigante e secreto que vai do segundo andar até o sub-solo, passando pela sala, onde poderíamos jogar todas as bagunças quando alguma visita estivesse chegando (mas sempre tem um arquiteto ou construtor sem-graça pra acabar com os sonhos dos outros e dizer que não vale a pena gastar nessas coisas, humpf).

Ela:
Anda conversando horas com os irmãos sobre " Como não ser mais gente grande" e a cada dia quando tem um compromisso muito cedo fica pensando se existe alguma coisa que ela possa dizer ou fazer para não ter que ir ao compromisso. Sem successo. Ela odeia compromissos para os quais não há desculpa, principalmente se forem cedo (e todos são!).
Nunca tem tempo pra dormir mais que 5 horas por noite (e quando tem uma horinha extra as 3 da manhã acaba gastando blogando ou assistindo séries enquanto finge corrigir prova).
Alguns dias pensa em largar tudo pra trás e ir mochilar na Europa por dois anos, vivendo com os hippies, ou ciganos, ou qualquer um que não tenha datas limites pra entregar coisas ou crianças para serem bem sucedidas e felizes. Ela queria que elas só fossem felizes.
Entre escola pro filho, armários pra cozinha e o que fazer no Natal ela decidiu que não quer decidir mais nada.
Já desistiu de emagrecer, já virou piada quantas vezes cancelou a drenagem linfática, anda achando que comer é bom e ser magra é ruim, embora o pensamento mude quando está tentando entrar naquela calça skinny, momentos no qual ela decide que amanhã, sem falta, começa o regime, joga fora a caixa de delícias (e que tipo de pessoa que quer emagrecer tem uma caixa de delícias em casa minha gente?), entra na academia e começa a usar todos os cremes que enchem o armário.
Está viciada em comprar "deals" na internet, de muitas coias que não precisa, mas que o preço estava tão bom que se tornaram imprescindíves (e quem pode viver sem uma foto gigante impressa em tela, ou um pacote de Pilates por 40% do preço?)

Ele:
Tem 3 amigos imaginários fixos: O Lusto-Galo, o Lusti e " Amigo de Francês" (algo me diz que esse último mudou pras bandas de cá depois que ele ouviu a mãe repetindo pra mundos e fundos como ele precisava aprender Francês. Quando a mãe etá muito cansada para apostar uma corrida até o elevador, ele logo convoca os amigos para o desafio. E acreditem, ele nem sempre ganha.
Sabe ler e escrever todas as letras e já anda reconhecendo várias sílabas e palavras pequenas. Sabe jogar dama e quase sempre ganha da mãe (sem muita colher de chá), sabe jogar jogo da velha, mas pra esse ainda precisa de umas dicas.
Começou a estudar violino e diz a professora que ele é um gênio (e a mãe jura de pé junto que a professora só diz isso pra ele, obviamente).
Adora livros e depois de lê-los muitas vezes, gosta de reinventar as histórias.
Adora improvisação musical, podemos passar horas tocando arranjos rítimicos e outras composições mais ou menos malucas.
Sabe tudo sobre o iPhone da mãe. Muito mais do que a própria mãe é claro.
Lembra fatos, pessoas e lugares com uma memória assustadoramente precisa. A mãe respira aliviada pois se dependesse da sua (memória), ninguém teria passado.

Ela:
Chega em casa, senta no chão e depois de algumas tentativas sem sucesso vem correndo pedir: mamãe, tilá, papá (sapato)!!!
Sapato tirado, vai correndo para o cadeirão e tentando escalar fala: Mamãe, xubiii, nham, nham, qué!
Coloca a boneca no carrinho e vai dar uma volta com ela: "Passá nenê?" - pergunta, e logo em seguida responde: " Passá, bá bom" - e vai passear com a nenê no carrinho. Daqui a pouco, tira a nenê do carrinho, senta na sua poltroninha e fala: "Mamá nenê?" - e também responde: " Mamá", colocando a nenê no peito e depois no "Ôto mamá" (e viva a amamentação prolongada!).
Tudo que o irmão quer ela quer também, e briga , arranca da mão dele e sai correndo.
Se acaba de rir quando escuta as músicas preferidas (em especial a "Onça Pintada, quem foi que te pintou?" e " Mamãe, qual é, larga do meu pé" , do Carnaval do Palavra Cantada), e cantarola todas elas com melodia claramente reconhecível e até umas palavras.
Come um pote inteiro de salada de fruta (ou de qualquer outra coisa, francamente) e pede "maix um mamãe, papô", e muitos "maix um" se for sopa de feijão, mas se conforma repetindo " baboooo", se alguém explica que acabou.
Adora escovar os dentes, mas quer escovar sozinha. Aliás ela quer fazer tudo sozinha.
Passa de muito nervosa a muito feliz em segundos, basta mostrar um passaLinho, estrelinha ou gatinho. Ou oferecer um mamá, ou ainda mais divertido, o "ôto (outro) mamá".
Acorda sempre de bom humor e abre um sorrisão capaz de curar qualquer mau-humor matinal, quando alguém vai buscá-la no berço.
Explica direitinho para qualquer um que ligue no skype que ela está muito "Totosa".
Olha pro céu noturno (as 5 da "tarde") e vê o ex-presidente: "A lula mamãe..."

Se fosse pra escolher, honestamente eu ficava com a última fase, mas fazer o que...

"Ser assim é uma delícia, desse jeito como eu sou. De outro jeito dá preguiça, sou assim pronto e acabou"
(Pé de Nabo - Sandra Peres e Luiz Tati)

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Ode ao cupcake


Começou com a aula de musicalização que tinha cupcake na saída e aí já nem sei bem se foi só porque virou moda ou se é a minha facilidade em incorporar hábitos potencialmente engordativos à minha rotina (e não incorporar os emagrecedores. Sério, tremenda injustiça comparar Cupcakes com alface ou ginástica...), fato é que de uns tempos pra cá ando obcecada com cupcakes.

Em Washington meu irmão me levou aqui e eu quase surtei (eu e toda a populacão de Maryland porque a loja tinha fila dobrando o quarteirão). Outro dia quase esbofeteei o cara do Starbucks porque eles pararam de fazer cupcakes (e a culpa era dele, obviamente, e de quem mais?). No desespero, tive que apelar para essa loja que valha-me... tem cupcake de queijo de cabra com lavanda, maracujá com chocolate e côco e por aí vai. Os "minis" então, são de matar, você fica naquela de "poxa, tão pequenininho e inofensivo, não deve ter nem 100 calorias... " e num passe de mágica, lá se foi meia dúzia...E depois não sabe porque não emagrece.

A boa desculpa (e sempre há de haver uma), são os 13 anos de namoro com meu Princhucão, esse sim, melhor que qualquer cupcake! :-)