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Zacktales



Um dos meus desenhos favoritos de infância era o "Ducktales" (Ducktales, u-u, são os caçadores de aventuras, u-u, todos eles são grandes figuras u-u, por isso a garotada só quer Ducktales! - Viu só, lembrei isso tudo sozinha, sem nem precisar do meu Google memory device), que contava as aventuras do tio Patinhas e sua turma.


Aí tive um filho e, vamos combinar, nada rende mais estórias e aventuras do que um serzinho que consegue sentar com as pernas esticadas e alcançar um objeto bem pra lá do pé sem dobrá-las, mas que não consegue bater palma em cima da cabeça (porque os braços não alcançam, já viram como nenê é desprorpocional?) e que fala, canta, descobre o mundo e faz macaquices o tempo todo. Enfim, acho que só tive filho pra ter estorinhas engraçadinhas pra contar, engraçadinhas para o público em geral, e não só para a mãe abestalhada que acha cocô e arroto engraçadinho, é claro.

Então a partir de hoje nasce o "Zacktlales - u-u!".

Capítulo 1: Como é que fala? Ou a arte de rir pra dentro.


Cenário: Mãe trocando a fralda de Desafiack antes de ir dormir.


A mãe fecha a fralda.
Teimosack abre.
A mãe fecha.
Ele abre.
A mãe fala:
- Abrir não filho, vamos colocar a calça.
E fecha a fralda.
Ele abre.
- A mamãe disse não.
E enfia a calça no muleque.
Ele empurra a calça e abre a fralda.
A mãe fecha a fralda e pergunta gentilmente:
- Mamãe falou...
Ele responde prontamente:
- Não!
- Muito bem, agora vamos colocar a blusa e ir pra cama.
Ele enfia a mão na calça e abre.
A mãe pergunta já não tão gentilmente enquanto fecha a fralda:
- Você quer ficar de castigo?
Ele responde sem dúvida:
- Não!
E abre a fralda.
A mãe fica em dúvida entre jogar o menino pela janela ou colar a fralda com super bonder mas em um minuto de prudência só pega a criatura e o coloca no "canto do castigo" (porque canto do pensamento vem mais tarde)

...Um longo minuto depois...

Entre soluços da criança a mãe explica:
- A mamãe falou, abrir não, mas o nenê teimou, como é que o nenê fala pra mamãe?
Arrependidack fala e faz sinais aos prantos:
- Popapô! (Por favor!), Obigado! (Obrigado)...
A mãe espera enquanto o menino em desespero faz o sinal sem achar a palavra
- Opupa! (Desculpa)

Mamãe pega o nenê e todos voltam pro quarto enquanto Revisack revisa a estória:

- Mamãe, faldinha (fraldinha), NÃO!, nenê "tuf" (onomatopéia do velcro da fralda), nenê catigo! (castigo!), opupa mamãe, OPUPA!

- Pois é filho, não pode desobedecer a mamãe "pfffff" (onomatopéia da risada interna da mãe)
Mãe larga o nenê no quarto e vai correndo rir no banheiro.

Vou dar sugestão pro pessoal que dá curso de educação infantil: "Como rir pra dentro em 5 lições", uma verdadeira arte.

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Mais chegados que um irmão

Uma das coisas difíceis quando se muda de escola, de cidade, de país é achar amigos novos. É fato que ter amigos parece menos crucial quando não se é mais adolescente, mas mesmo grandinhos, todo mundo precisa de amigos e sem eles a vida é bem mais triste.

Eu nasci, cresci e vivi até os 24 anos basicamente na mesma comunidade, com os mesmos amigos que cresceram comigo. Quando cheguei aqui aos poucos fui conhecendo um pessoalzinho aqui, outro alí mas no começo achei que nunca mais fosse ter amigos assim, pra toda obra, como tinha na Terrinha. Achava que amizades circunstanciais (termo técnico criado pela minha própria pessoa que significa amizades feitas sob uma determinada circunstância, exemplo, "brasileiros morando no Canadá", que não existiriam se não houvesse a dada circunstância). Ledo engano.

Hoje em dia ainda sinto uma saudade infinda dos meus amigos de infância com os quais troco emails e ligações via skype, mas com os quais infelizmente não troco meu dia-a-dia, aquelas coisinhas pequenas que alimentam as amizades. Meus amigos queridos de infância também não estão vendo Lindack crescer, a não ser pelas fotos mensais e pelos "high fives" virtuais trocados entre a web cam e a tela do computador. Sinto falta, fico triste, mas sei que eles sempre estarão lá e que a cada vez que eu for ao Brasil será como seu eu nunca tivesse saído de lá. Já não durmo na casa de amigos no meio da semana, nem trocamos brinquedos e roupas (até porque minhas amigas são raquíticas e as roupas delas não passariam nem pela canela), não trocamos bilhetinhos nem papel de carta, mas posso dizer que meus novos amigos têm lugar cativo no meu coração (sem querer ser piegas, mas já sendo) e preencheram com sucesso aquele buraco que só amigos podem preencher.

Amigos que gastam horas preciosas das suas vidas fazendo sua declaração de imposto de renda, para a qual você só deu apoio moral já que não entende absolutamente nada do assunto. Amigos que cuidam da pobre criança abandonada quando seu pai viaja e sua mãe tenta virar doutora. Não só cuidam, mas levam pra passear, compram brinquedo, dão banho, trocam fralda, alimentam, dormem junto. Não só isso mas guardam em suas casas éstoques de brinquedos pra entreter seu filho quando ele está por lá até o ponto que a criança já nem liga mais se tem mãe ou não. Isso porque ele sabe que tem pelo menos mais um par de mães e pais diponíveis (tanto que depois de Mamãe e Papito, os primeiros nomes que Tagarelack falou foram: Dinda - Bianca, Dindo - Odimar, Tia Mácia - Márcia e Fiu Filviu - Tio Silvio). Amigos que gravam a série de televisão pra você quando você estava desesperada pra assistir, amigos para os quais você pode ligar quando estiver a caminho do aeroporto para pedir para fazer coisas absurdas e ficar tranquila, porque eles vão fazer. Amigos que seguram sua perna durante o parto, amigos que resolvem seus problemas de computador, de celular e até de vida. Amigos que cozinham pro seu marido (já que o pobre não pode contar com você nesse assunto). Amigos que compram o queijo que você queria mas não conseguia comprar, amigos que saem pra comemorar o fim do semestre com você e pra quem você liga pra jogar conversa fora quando não quer trabalhar. Amigos com quem você assiste filmes a fio nos infindáveis sábados a noite durante o inverno. Amigos com quem você celebra todos os aniversários, festas, feriados e qualquer outra chance de celebrar qualquer coisa. Amigos com quem, como nos velhos tempos, você compartilha segredos de estado e pra quem você doaria um rim (espero que eles nunca precisem, obviamente).

Vocês, meus já não tão novos amigos, sabem bem quem são e este post é pra vocês. Post circunstancial, ouço alguém pensar alto, dada a recente "maratona do imposto de renda", e o caótico fim de semestre, mas na verdade é um post que vem sido pensado há tempos, só pra dizer o quanto vocês são importantes pra mim, pra Amizack e pra Princhucão, só pra reconhecer que não há segurança, qualidade de vida e ausência de alergia que qualifiquem esse país se não fosse vocês, só pra agradecer por serem a definição perfeita daqueles amigos, mais chegados que um irmão (ou tanto quanto, vamos adaptar, porque vocês sabem como amo meus irmãos).

Colocaria uma foto deles aqui, mas tenho que consultar já que sei que alguns não curtem muito a exposição pública de suas belas imagens...
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Extra! Extra!

Notícias semi-frescas do mundo científico de interesse geral para aqueles seres responsáveis por outros seres menorzinhos, para não dizer que este blog não é só perda de tempo. Na verdade talvez sejam notícias meio velhas, mas calharam de cair na minha frente esta semana, bom, sendo assim nem são notícias, mas enfim...

1. Das bases da estimulação precoce: Pesquisas com ratinhos demonstraram que ratinhos crescidos em gaiolas cheias de brinquedos e estímulos visuais ficaram mais espertos (não tenho idéia do procedimento pra medir a inteligência dos roedores, desconheço teste de QI pra rato) do que os crescidos em gaiolas vazias, ótimo, ponto para os brinquedos, agora...nenhum dos dois grupos sequer chegou perto da inteligência dos ratinhos crescidos livres, leves e soltos na natureza, sabe como é, fugindo dos gatos, subindo em árvore (rato sobe em árvore?), armando planos pra roubar o queijo sem ser preso pela ratoeira e tals, pois é, ponto pra natureza. Mas nem precisava ler artigo científico pra concluir isso, basta comparar o Jerry (do Tom e Jerry - o Jerry é o rato, certo? Nunca soube muito bem isso...) com o Pink e o Cérebro - O Jerry sempre escapa de todas as situações, enquanto os outros dois, coitadinhos, nunca conseguem conquistar o mundo. Agora, o que ninguém consegue provar com ratinhos, mas é evidente e assinado por todas as pessoas cujos nomes começam por Dr. e terminam com um sobrenome chique, é: Nada é mais importante do que a afetividade e laços fortes de amor e carinho para o desenvolvimento de qualquer outra função, ponto e vitória para os abraços, beijinhos e chameguinhos.

2. Do poder da música clássica pra criar gênios: Um grupo de pesquisadores alemães finalmente foi testar se essa história de "Efeito Mozart" e todos os outros efeitos por aí, era verdade. Bom, não era, tudo balela. O máximo que se obtém botando os pimpolhos pra ouviro os mestres é criar, talvez, um gosto pelo gênero, o que, obviamente, pode mudar por completo na adolescência, ou mesmo antes (vide este post). Isso obviamente não quer dizer que está tudo bem botar os pobres inocentes pra ouvir o bonde do Tigrão, a não ser, é claro, que um outro estudo prove o contrário, vai saber...sempre há alguém pra provar que outro alguém que parecia muito certo, estava muito errado.

3. Dos tapinhas com fundo educativo: Uma comparação entre Suécia (onde por lei, os pais não podem usar punição física nos filhos) e Canadá (onde por lei o "espancamento educativo" pode ser usado com moderação - o que foi novidade pra mim, eu achava que aqui também era proibido) mostrou melhores resultados em tudo para a Suécia. Menos delinquencia (eu quero meu trema!) juvenil, menos comportamentos de risco, menos sentimentos de "não pertinência", mais laços de amizade significativos. Ao bom entendedor, meios números bastam, mas se não bastar, tem outras várias fontes de informações e alternativas, é só procurar.

4. De mais uma chance de morrer de câncer: Houve uma grande comoção por estas bandas de cá recentemente - não sei se chegou no Brasil, já que o povo aqui tende a ser mais dramático- com a história de outra substância que dá câncer, como quase tudo hoje em dia, vamos combinar. A bola da vez é o plástico, especialmente aquele plástico das mamadeiras e garrafas em geral, que tem um tal de PBA, liberado quando o plástico é aquecido. Como eu já aceitei o fato de que vou morrer de câncer mesmo (assim posso comer de tudo, beber de tudo e até respirar, morrer por morrer, melhor viver feliz) nem esquentei muito, continuei feliz com minhas garrafinhas de plástico. Agora, como Longevizack tem o direito de escolher morrer de outra coisa, joguei, em um surto desesperado, todas as mamadeiras (que nunca foram muito usadas, para meu alívio) fora (devidamente no lixo reciclável). E comprei outras novinhas, "PBA free". Dizem que o certo é ter mamadeiras de vidro, mas eu, minha coordenação motora e Jogatudonochãozack sabemos que isso não ia dar certo pra nós.

E é isso, ser mãe é: achar que informação nunca é demais...
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Bem-vinda Vida!

Hoje fez um calor enorme de uns vários 19 graus, o céu estava azul, o sol estava quente (porque pra quem não sabe existe tal coisa como sol frio por aqui), após um longo e tenebroso inverno, a cidade muda de cara, as pessoas ensadecidas desentocando, enchem as ruas de shorts, chinelos e bicicletas...

Não só isso mas eu mesma saí de calça capri e sapatinho aberto. "Grande coisa!" - Ouço você dizer. Mas passe 5 meses usando a mesma bota ridícula (porém quente) e o mesmo casaco, coberta da cabeça aos pés, assim, só como exercício, e aí você vai entender como cada centímetro de pele do lado de fora é uma alegria...

Não só isso, mas todos os brinquedos do parquinho da creche estão finalmente desenterrados (da neve, sim, porque até o escorregador mais alto estava coberto desde Dezembro), a neve que ainda tinha sobrado foi empurrada pro canto e Libertack não podia estar mais contente, chegou na creche dizendo: " Neve? Tadê? Binquedo? Qué! Qué! Eu quelo binquedo Mamãe!" - e saiu correndo pra se juntar a turma...

Não só isso mas está aberta a temporada de "Ice Capucinos" e Sorvetes (gordo é fogo, sempre tem uma boa desculpa pra comer)...

Não só isso, mas hoje entreguei meu último trabalho do semestre o que quer dizer: não mais sábados a noite estudando, nem domingos, nem todos os outros dias e noites enquanto as pessoas normais fazem coisas normais como dormir e brincar com seus filhinhos...

Não só isso mas quinta estréia novo capítulo de LOST e eu vou poder assistir...

Ah vida querida, seja bem-vinda, já estava com saudade!
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Selinho



A Flávia, companheira de maternidade, blogagens e bobagens (no bom sentido) me mandou este selinho, adorei, veio bem em tempo para preencher a total ausência de posts novos causados pela total absoluta e maior do que nunca falta de tempo e a total ausência de cérebro para qualquer outra coisa que não seja metodologia científica e estatística.
As regras são assim:
"Para receber este selinho algumas regras devem ser seguidas:
1 - Este prêmio deve ser atribuído aos blogs que considere serem bons. Entende-se como "bom" os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários;
2 - Se recebeu o "É um blog muito bom sim senhora", deve escrever um post incluindo: a pessoa que lhe deu o prêmio com um link para o respectivo blog, a tag do prêmio, as regras e a indicação de outros 7 blogs para receberem o prêmio;
3 - Deve exibir orgulhosamente a tag do prêmio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele"
Bom, as duas regras tudo bem, agora a terceira eu vou ter que pedir socorro para a sempre disposta "equipe de plantão para resolução de problemas de blogueiras tapadinhas" ( Irmãozinho?Sandra? Lilian?), porque eu não sei como adicionar nada na barra aí do lado, tanto que nenhum dos outros selinhos aparecem por lá.
Para a indicação eu também ando com problemas já que, como a Flávia, tempo para ler blogs é puro luxo do qual não ando dispondo muito ultimamente. Hoje fiz uma prova para a qual tinha 600 páginas pra estudar, segunda tenho um trabalho pra entregar para o qual ainda tenho que ler mais umas 600, fora o tempo gasto com um certo serzinho falante aqui de casa e aquele tempo que eu não gasto, mas deveria, botando o caos da casa em ordem. Quanto desperdício de tempo, calcule quantos blogs eu poderia ter lido nesse tempo todo! Já disse que vou desistir dessa palhaçada de doutorado e viver por conta de blogs, mas enquanto isso, minhas indicações vão para aqueles que eu consigo ler entre um artigo e outro, tudo muito breve porque a pilha de livros gritando na mesa não perdoa (já a de louça gritando na pia, essa vai esperar mais uns dias).
Frankamente: Além de ótima, a Franka está ficando cada vez mais famosa, até na rádio já "apareceu".
Moving the relation: A Bibi agora virou "privada", mas quem tiver a chance pede pra ela deixar ler as coisas boas que ela escreve por lá, receita, arte, cultura e agora mais sobre o Tom, coisinha gostosinha que eu queria conhecer mas nunca consigo!
Namastê: Não deixo muitos recados por lá, mas sempre dou uma passadinha pra dar uma risadinha (que rima mais rica!). O recado que a Marcia fez pro programa da Franka foi imperdível.
Ciça: Essa é pra ler as 3 da manhã quando você está estudanto e acha que a vida não tem mais sentido, aí você lê e fica rolando de rir até recobrar o ânimo.
Crônicas do Iglu: Estava tentando não "retornar o favor", mas não tem jeito, a Flávia é parte cativa das minhas leituras terapêuticas, gêmeas como somos, as vezes quando penso em escrever uma coisa, mas não consigo escrever por falta de tempo ou ânimo, vou lá ver, e ela escreveu.
Bienvenue Chez Sandra e Evaldo: A Sandra é uma criatura única, boazinha demais, seja no blog ou na vida real, ela ajuda todo mundo e dá exemplo de como uma família deve ser.
Sindrome de Estocolmo: A Denise, minha xará de primeiro nome, roda o mundo literal e cultural e agora tem coisinhas lindas no brechó.
E voi-là, está feito.
E agora retorno para a " Determinantes para participação social de adolescentes com paralisia cerebral - Protocolo de pesquisa qualitativa". Na segunda, quando entregar este, retorno pra vida.
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Sinal de vida

Morri não.

Estou aqui executando minha profissão paralela de guia turística, botando muita fofoca em dia, matando saudade e fingindo que estou de férias (mesmo em pleno fim de semestre) enquanto os amigos por aqui estão.

Volto já.
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Estorinhas

Buscando Poliglack na creche hoje:

"Mommy, I'm comming!"

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E a professora contou que desde que Tropicack voltou do Brasil que ele só quer saber de dançar "Macarena", só de fralda, porque todo mundo sabe que essa é a dança oficial do Brasil e que todo mundo vive de fraldas por lá, eu concordei e fingi que sabia do que ela estava falando, depois fui conferir...e não é que ele sabe dançar direitinho mesmo!?! A próxima pergunta é obviamente de onde ele tirou isso.

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A nova composição do cancioneiro infantil de Trovadorack que só cresce a cada dia:
Letra: "Não, não, não, não, não, não, não, não"
Melodia: O cravo brigou com a rosa, Twinkle, twinkle little star entre outras.
E eu que achava que essa coisa de "fase do não" era balela...
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Pausa

Sabe quando são 3 da manhã de sábado pra domingo e você está estudando que nem uma condenada, tentando terminar uma parte de um trabalho que você passará amanhã o dia inteiro discutindo com o grupo, e você lê, lê, lê, escreve, escreve, escreve, depois lê mais, aí apaga tudo que escreveu e escreve tudo de novo e aí você sente uma necessidade urgente de cortar a unha do pé, para tudo, corta a unha, volta aos textos, continua lendo, sublinha, faz notas, digita, apaga, consome 5420 calorias em chocolates e tudo que estiver ao alcance das mãos pra ver se isso ajuda na sua produtividade (ajudava não ter nada dessas coisas ao alcance das mãos, mas você mora em uma casa que mais parece A fantástica fábrica de chocolates, com direito a Oompa-Loompas e tudo) e sem resultado, você continua lendo, o marido do quarto te chama pra dormir, você dá um esporro no marido argumentando que obviamente 3 da manhã não é hora de dormir, e então você olha pra sua casa enquanto está refletindo sobre um parágrafo que acabou de ler e vê que o caos está instalado de maneira absurda e que seus amigos vão chegar no próximo dia e descobrir que você mora num pardieiro já que você claramente não vai ter tempo de arrumar nada (porque normalmente você dá uma arrumada meramente cosmética quando vai receber visitas, jogando indiscriminadamente tudo o que está na sala pro quarto, mas como os amigos vão ficar no quarto, você não tem escapatória dessa vez) aí você pára (nem esse pára não tem mais acento?) para escrever um post e ver se era isso que precisava para produzir algo mais convincente mas descobre que isso só te consumiu mais 5 minutos e não acrescentou nada ao seu trabalho, então, sabe como é isso? Não sabe??? Eu hein, é cada gente normal que tem nesse mundo...
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Só tem aqui...

Vizinho que diz que vai chamar a polícia porque a amiga que visita toda semana esbarrou a traseira (do carro) na frenteira do carro dele sem causar nem um arranhãozinho, duas vezes. A amiga sou eu no caso, muito prazer.

Cheque de 500 pila do governo só por ter um filhinho gostoso, como se não fosse pagamento suficiente acordar com alguém cantando: "Nasce o sol, a brilhar, lindo..."

Programa do governo de aconselhamento conjugal/terapia de casal, chame como quiser, mas ouvi hoje no rádio: "Antes de botar pra quebrar e acabar com tudo, nos consulte".

Distribuidor de camisinha no banheiro de escolas primárias.

Pimentão, brócolis e salsão - tudo cru pra comer no almoço ou como petisco ou pior, em festa de criança.

Pizza de tomate (ou seja, pizza de molho).

9 graus positivos e a galera e bermuda, sapatinho aberto, correndo na rua, curtindo, jurando que tá calor, eu inclusive.

Você marca a festa pra começar as 7 horas e as 7 horas todos chegam.

Banheiro sem ralo, sala sem lustre (nem lâmpada).

Caixa de banco nada informatizado que anota o valor da fatura que você está pagando a caneta e assina ou carimba, nada de autenticação eletrônica.

Leite de saquinho igualzinho o que minha mãe comprava em mil novecentos e nada, só não tem que ferver, ufa!

Criancinhas minúsculas de menos de 2 anos que começam o dia falando "Bom dia!", no elevador soltam um "Bonjour" pro vizinho, um "Merci! " pro senhor que segura a porta e depois chegam na creche falando "Hello! High Five!". Isso porque este é o que fala a língua fácil e não Urdo ou outra coisa do gênero.

E isso é só que me ocorreu agora em um momento rápido onde os neurônios me faltam.