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Da Agua de Coco pro Chocolate Quente

Após longo e maravilhoso verão, abruptamente não interrompido incialmente por uma espécie muito rara de Mal de Alzheimer precoce que afeta mães em primeira viagem com um bebê, com muita bagagem pra arrumar, muito trabalho de mestrado pra fazer, muitas coisas de última hora pra resolver e pouca, pouquíssima memória disponível para assuntos tão triviais quanto um visto americano...afinal de contas, quem precisa de visto para ir pra Bahia?

A história se explica...embora, já aviso com antecedência, poucos serão capazes de compreender como tal feito é possível.

Tudo começou quando Desmemoreiko aqui arrumou várias malas com bikinis (que não serviam, mas na esperança de um milagre de Natal...não dessa vez, mas um dia, quem sabe...), cangas, roupinhas de verão pra mamãe e pro bebê, presentinhos e presentões para cada um dos 427.000 mil familiares em São Paulo, Minas e Bahia, sandálias, tudo o que se precisa pra sobreviver e saborear o autêntico verão tropical da terrinha natal, além de todos os documentos de Viajack, da carteira de vacinação ao teste do pezinho (se acaso houvesse um), tudo certo, checado, nada falta, certo? Errado.

Três semanas depois, bota mala, tira gente (poucos precisam de 3 carros para ir ao aeroporto), faz check-in e...perguntinha básica:
- Seu visto americano não está nesse passaporte senhora...ele está onde?
(céu azul...nuvens negras...)
- Não está aqui.
- Próximo por favor!

Vai o marido, fica a mãe e o bebê, marido manda o visto, dias depois, vai a mãe com o bebê.
Tinha cá pra mim que a maternindade curaria minha Amnésia Congênita - mentira.

Mas, apesar de ter ficado um dia inteiro presa no aeroporto de NY após perder o vôo de conexão, com um bebê já cansado de tanto sofrer, semi-curada (isto é, semi-doente) de uma infecção intestinal (nome bonito esse, pra sabe-se o quê), meu lado Polyana (a menina que inventou o Jogo-do-contente, pra quem não sabe) faz um balanço pra lá de positivo dessa primeira experência brasileira com Princhuquinho:

- Frutas degustadas: Açaí, Cupuaçú, Cajá, Mangaba, Cacau, Manga, Acerola, Papaya, Goiaba e outras menos exóticas - êita beleza de país!
- Outras comidas e afins: Mandioquinha, areia, água de côco, de mar, de rio, de piscina, Mupy, pêlo-de-cachorro, sujeiras sortidas.
- Animais apresentados: Cavalo, sapo, rã, vaca, bezerro, cachorros de todos os tamanhos, peixe, lagartixa, barata.
- Vôos perdidos: 3
- Parentes conhecidos: 4.256.479 (número fictício pra representar muitos, muitos mesmo)
- Amigos pra ficar com saudade: Muitos.
- Tempo de Paparicação com tios, avós e amigos: 480 horas
- Milhas rodadas: Tá, até pensei em fazer a conta, mas a preguiça venceu.

Enfim...estamos de volta pro nosso aconchego de -25 graus, trazendo na mala bastante saudade (além de toda roupa suja, comidinhas, livros, DVDs, Cds, Havaianas, sapatos, própolis, Sal de Fruta Eno, esmaltes e outras muambitchas tupiniquins - o kit de sobrevivência até a próxima).

12 comentários:

Dani, Annie e Luiz disse...

Oi Keiko,
Já de volta a terra geladíssima! Menina, que aventura foi essa no aeroporto? rsrsrs...
Por aqui não está sendo diferente quanto a mil e uma viagens e paparicações e os 300.000 parentes e amigos, rsrsrs... mas estamos quase começando a contagem regressiva para voltar, digo quase, porque ainda não decidi se vou em março ou agora com o marido em fevereiro, bem provável que vamos todos juntos.
Pode deixar que estou aproveitando o clima para colocar as pernocas da Annie de fora, pernocas que são mais fofas e gostosas que da mamãe perna fina, rsrsrs...
Bjinhos e escreve mais, estava sentindo falta do seus posts.
Dani.

Anônimo disse...

Oi Keiko! Cheguei aqui pelo blog Frankamente...Vc é divertidissima! Adorei seu blog...Li alguns posts antigos!
Bjs
Japa

Anônimo disse...

A minha viagem ao contrario da sua foi um mar de tranquilidade. O unico porem eh que eu que pensei em aproveitar bastante no Rio e deixar as compras do kit de sobrevivencia por ultimo me dei mal. Esqueci de comprar um monte de coisas que por acaso, lendo a sua lista, voce comprou :) A gente conversa depois....

Anônimo disse...

Bahia, terra boa!!!
Ainda bem que aproveitaram bastante, né?
è como recarregar as baterias.
bjocas

Anônimo disse...

Caracas, Keikito... ainda teve a perda do vôo de conexão?!
Vários sinais claros e inequívocos de que você não deveria voltar aí para o Cana (era mais fácil trazer o Johncha de volta)...
Em 2008 vamos resgatá-los... aguardem!

Anônimo disse...

E nós, os que ficamos, também já temos saudades de montes!

Anônimo disse...

Caramba!!!
Li rápido...Isso foi na ida?
Mas, havia acomodação no aeroporto?
Ele sentiu um baque com o clima?
Olha... vistos em mãos (americanos e canadenses) e passagens já compradas, viu?
Chegamos aí em 11/06 às 10:05h

;-)
Sandra

Anônimo disse...

UFA, que novela!! Mas foi na volta então esse problema de visto? Só faltou este esclarecimento, o resto deu pra entender bem :D

Sobre a viagem... ai que inveja. Mas meu fim de ano foi bom também, fora as frutas, os sucos, o calor e a praia.

Keiko disse...

Sandra:
Ele nao estranha a mudanca de clima nao, ele soh nao gosta de entrar no casaco de inverno, pq lah dentro ele nao consegue se mexer, nem pegar as coisas, nem colocar a mao na boca, coisas tao fundamentais para um bebe explorador em plena fase oral como Princhuquinho.
Acomodacao? Depende do conceito, se vc chamar uma cadeira dura de acomodacao...entao sim.

Anônimo disse...

Ainda continuo curiosa...
Foi na vinda, né?
Uau, vc se saiu uma mãe e tanto...
Quando estivermos para embarcar quero saber que lista de sobrevivência é essa e o que você e a Marcia recomendam que eu leve...
;-)

Anônimo disse...

Vc escreve as 5 resoluções em seu blog e passa a batata pra mais 5 pessoas (só soube que eram 5 depois de escrito, daí deixei só 3).
É bom linkar o nome delas aos seus blogs ou avisá-las da batata...rsrs
bjos

Flávia disse...

Keiko,

Realmente há mais semelhanças entre nós duas do que julga qualquer vã filosofia. A diferença é que eu já me estressaria com o visto americano meses antes (por esse motivo é que vim via Toronto).

Também trago esmalte, havaianas, algodão (o daí é aquela porcaria sintética), suco de maracujá para fazer mousse, farinha de mandioca e outros itens indispensáveis da terrinha.

Sem sentir a menor saudade do frio, despeço-me.