Daí que eu tenho um "sub-solo"que eu acho divertidíssimo, é o que eu chamo de "terra do nunca", zona de ninguém, lá embaixo pode tudo. Pode riscar a parede, pode andar de carrinho, jogar hóckey, futebol, montar forte... os amiguinhos adoram, galerinha pira mesmo lá embaixo, e é claro, que Sapequina leva "tudo" ao pé da letra. Estava eu cá tentando arrumar um café da manhã saudável e feliz (mais ou menos meio-dia, tem que alimentar os filhos dos outros, veja bem) e Corretack vem ofegante:
-Mamãe!!!! Você não sabe, que desastre! A Nina está dentro do Puff, tem bolinha por todo lado, em tudo, mamãe, tudo, tudo, tudo (repare que o número de repetições é sempre proporcional ao tamanho do desastre).
Mãe chega lá embaixo, a menina literalmente dentro do puff (como será que escreve puff, gente?) só a cabeça pra fora, bolinhas de isopor espalhadas realmente por tudo, tudo, tudo, e a criança, com a maior cara de danada, danada, danada (eu tinha perdido meu celular, droga!) do universo, estica os braços (espalhando ainda mais bolinhas de isopor no movimento) e faz: Ta-dã!!!!! - Saca, tipo, circo: Ta-dã! - Olha o que fiz que liiiiiindo: - Ta-dã! As outras crianças rolando nas bolinhas, histéricas e contentíssimas com o feito: Ta-dã!
Normalmente eu ficaria naquele dilema: Rola de rir, chora, briga, enfia o resto da criança no puff? MAS, como no dia anterior ela já tinha começado este mesmo experimento e eu tinha sido bem clara que podia fazer tudo, menos abrir o tal do Puff, eu tive que mostrar que sou acima de tudo uma mãe consistente (cof-cof), e que sete anos de maternidade me ensinaram bem a a necessidade de as vezes, rir (muito) pra dentro. Leva pro castigo, no cantinho escuro (reservado para as ações de nível 5 - porque no claro não dá pra pensar muito bem), e só escuto ela falando:
- Não tem problema mamãe, eu nem vou ter medo de ficar no escuro porque eu confio em Deus.
Veja bem, que a menina é arteira, mas escuta as histórias da Bíblia como ninguém, uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa.
Quando a mãe se acalma, ri por dentro, e ela parece arrependida (castigo aqui é assim: quando você estiver pronta pra ser obediente você me chama):
- Nina, por que você abriu o puff se a mamãe falou ontem pra você não abrir?
- Ah, mamãe, é que parecia TÃO legal. (Fato, né gente! Pensa que coisa mais divertida entrar num puff de bolinhas de isopor, realmente MUITO legal...)
- Mas Nina, tem que obedecer a mamãe, né, filha?
- Até quando é muito legal, mamãe?
- Até quando é muito legal...
- Táaaa bom (com a cara mais triste e frustrada do mundo, do tipo, "pô, sacanagem ter que obedecer até quando for muito legal...mas tá bom...)
Depois de algumas horas aspirando bolinhas (que foi o castigo mais divertido da história), outras tantas brincando de rouba bandeira, elefante colorido e guerrinha de água no parque e andando de bicicleta eu acabei o dia sem mal conseguir subir uma escada (e hoje de manhã estava me perguntando porque tudo doía... acabei de lembrar), mas sinceramente, talvez eu não queira ter seis filhos (só se for em esquema de cooperativa, como eu sugerí às amigas)... mas não sei como seria viver em uma casa onde bolinhas nunca saem do puff, sem criança pequena e suas sapequices insuportavelmente fofas... como será viver fora esta quarta dimensão...
Maridinho romântico achou que se eu aspirasse todas as bolinhas e conseguisse cuidar de 6 eu merecia uma declaração de amor na grama |
O sexteto - alegria e diversão, na quarta dimensão |
5 comentários:
Oi, Keiko. Que corajosa você! 6 crianças...rsrs Mas foi uma boa ação, pois quando você precisa, as amigas ajudam. Umas pelas outras. É assim mesmo.
Minha filha mora longe da família e tem 3 meninos. Ainda de vez em quando recebe mais um em casa, mesmo sabendo que vai ser só canseira!
Beijo!
Dá vontade de morder essa Nina só pelas coisas que você conta!
E parabéns pela mãe maravilhosa que você é! Tenho certeza de que você está criando filhos muito, muito, muito, felizes!
Beijos!
Mas, olha, até eu fiquei com vontade de entrar no puff (pufi. pufee. powfy.)
Mas não de ter 6 filhos, gata, socô.
Declaração de amor na grama? NUNCA ganhei, vou lá no procon pedir reembolso marital.
beijo nessas quiança-tudo!
Ro
Roberta -nem fale! Eu quase abri o puff-mãe escondido pra entrar dentro depois...
Acho q pra ter declaracao de amor na grama tem que ter 6... questao de pesar se vale a pena, ne nao?
bjo
Lucia - aqui tem que se assim, uma mao lava a outra, tudo familia emprestada!
Kell - a Nina eh uma gostosa, da muita vontade de apertar o tempo todo, e eu tento ser boa mae, ms aqui no blog so aparece as partes boas, ne? Eu berrando de manha pra tirar todo mundo de casa, comendo chocolate escondido, essas coisas a gente omite na esperança de que a posteridade as coloque no esquecimento! kkkk tentar eh o melhor q a gente pode fazer de qqer jeito! ;-)
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