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Plunct, Plact, Zum

Acabamos de chegar de uma sequencia de eventos que uma família normal poderia fazer em 1 ano... na nossa foram 2 semanas para: Mudar de casa, ir pro Brasil em uma viagem que incluiu dois casamentos sendo um em Ilha Bela e outro em Canápolis (hein? Onde? É a cidade onde fica a fazenda da minha vovó, no Triângulo Mineiro), com parada em São Paulo com direito à 25 de Março, shoppings múltiplos, comidas múltiplas e passeio no Ibirapuera, voltando pra Montreal via Miami com direito a carrinho extraviado, aterrisando em Montreal com direito à iPhone perdido e logo em seguida indo pra um congresso em Toronto com suplementar visita aos amigos.

Cansei. É pra carimbador maluco nenhum botar defeito (pra quem é jovem demais pra saber do que eu estou falando - Oh Céus, nunca pensei que ia dizer isso um dia... - eu tô falando disso aqui).

Quando cheguei em Montreal, vindo do Brasil, falei em alto e bom som:
- Nunca, nunca mais viajo pra lugar nenhum, é isso.
Ao que Espertack prontamente me corrigiu:
- Mas mamãe, a gente não vai amanhã pra Toronto?

Lições importantes de eventos assim são:
1. É muito bom rever os amigos e a família, mas em um tempo curtíssimo assim você tem que ter certeza antes de que seus amigos são amigos mesmo. Porque como diria minha amiga de infância: " Se eu te conhecesse há uns 5 anos, e não há 25, eu nunca mais falava com você depois dessa" - Disse ela ao me esperar uma hora de pé para irmos almoçar, enquanto eu me perdia sem GPS em São Paulo. A outra que ficou esperando na 25 de Março, sozinha no MacDonald's quando todas as lojas estavam fechadas e a rua deserta, enquanto eu novamente etava presa no trânsito com a outra amiga, voltando da consulta com o cirurgião plástico, não teve nem palavras para expressar seus sentimentos. Amigas assim, não se encontra em toda esquina, quando encotnrar, agarre-se a elas! Mesmo que você more em outro país.

2. Pisar na areia vale a pena qualquer sacrifício. Mas se você só tiver dois dias na praia e for à Ilha Bela lembre-se de não ir a praia "Viana", porque lá, meus amigos, eles tiveram a ousadia de dizer ao meu pobre Sedentack, que veio desesperadamente gringo querendo beber uma água de côco: Só tem água de côco de lata!!! - Agora me diz se eu viajo 15 horas de avião e mais 6 de carro, tudo no mesmo dia, arrastando crianças exaustas pra beber água de côco de lata!!! Acho que o moço aprendeu a lição. Por outro lado, coma o pastel do trevo de São Sebastião, que invenção divina! 30 cm de pastel parece muito, mas acreditem, não é! - E use protetor com FPS 60, mas só nas crianças, porque se você usar em você também, vai voltar pra Montreal sem nenhuma marquinha de sol pra fazer inveja nas amigas! - Triste, muito triste.

3. Nunca viaje sozinha com seus filhos. Não de avião. Mas se o mal for inevitável, tenha em mente que, para os vôos diurnos você vai precisar de muitos lanchinhos surpresas, atividades supresas e criatividade suficiente para dirigir uma colônia de férias sozinha. Agora, para os vôos noturnos uma habilidade primordial é a de ignorar passageiros estressados porque querem dormir, enquanto seus filhos querem berrar (e não adianta explicar que você já fez de tudo, tem sempre alguém que não se aguenta e grita um: "please make her shut up!") e aeromoças mal-educadas querendo tirar seus filhos que finalmente dormem no chão após horas de berros. Lembre-se: Nada do que eles possam falar te abala, você é uma mulher forte e segura e uma mãe carinhosa que NÃO quer trancar seus filhos, devidamente amordaçados, no banheiro do avião ou, alternativamente, alguns dos passageiros que para o bem da humanidade nunca vão ter filhos, mas que se tiverem, que sejam dos que berram, e muito.

4. Traga muitos CDs, DVDs, e livros do Brasil para os filhotes gringuinhos. Na minha seleção dessa vez veio o "Pra gente miúda 2", que me fez lembrar e partilhar com os filhotes, entre muitas outras, o Plunct, plact, zum...e Boa viagem!

Como todo evento traumático, nada que o tempo, e as boas memórias não te façam querer fazer tudo de novo.
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Tirando estes sapatos




Se eu fosse uma blogueira decente teria colocado esta foto há duas semanas, quando a coisa aconteceu e não quando eu finalmente baixei as fotos. Mas como eu tirei a foto pensando no blog (eu sou blogueira em pensamento, pelo menos), vou colocar agora mesmo. Me fale se a Havaianas não deveria me dar um troquinho por esta foto, hein? - Está me ouvindo Sr. Havaiano?

Agora, seu eu fosse boa blogueira mesmo, teria publicado o post que comecei a escrever ontem, sobre as coisas de graça que estavam rolando hoje (sorvete e docinhos), mas fiquei de terminar depois e não terminei, e que hoje não faz mais muito sentido, mas enfim, quem precisa de sentido quando se tem isso:


E é isso gente. Nenhum sentido, nenhum organização, 3 sorvetes de graça, 29 anos e uma vontade desesperadora de voltar pra praia. Do tipo, AGORA!!!
Alguém viu minha mãe por ai? Ela disse que ia alí na praia e nunca mais voltou...
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Aqui de novo

Oi gente, voltamos!

Entre mortos e feridos, quase todos estamos semi-vivos. Viajar sozinha com dois, sendo um de 4 meses foi uma aventura. O problema de bebês de 4 meses é que eles não param em pé ou sentados sozinhos, sabe como é? Então foi um tal de: "o moço da imigração você pode segurar esse bebezinho?", ou "o seu guarda, você pode segurar esse nenezinho um pouquinho", ou..." o moço desconhecido, você pode ficar de olho nesse bebezinho enquanto eu levo esse outro aqui ao banheiro? (essa só no avião tá gente, onde eu sabia que o moço não ia poder sumir com minha Gordita). Fora esses momentos, com sling, carrinho e função-polvo ativada, tudo deu certo.

Aventuras mil, irmão aprendendo a trocar fralda (com aqulea cara de quem está em contato com elementos altamente tóxicos, peculiar das pessoas, principalmente homens, sem filhos), bebê de 4 meses indo à 25 de Março (aquele lugar assustador onde todos usam máscara..."olha a máscara minha senhora, é moda, é moda, só 1 Real!), amigos que te ajudam a fazer a mala e cuidam dos seus filhos, pais de amigos que cuidam dos seus filhos, parque do Terror, digo, da Mônica com várias crianças, irmão que dá M&M escondido pro sobrinho só pra ser o titio mais legal do mundo e que compra todas as comidas favoritas da irmã só pra ser o irmão mais legal do mundo, reflexões sobre a gringuice que te assola (mais sobre isso no próximo post) e obviamente nenhum tempo pra postar, ou olhar email ou fazer outra coisa que não curtir irmãozinho e amigos, jabuticaba e Amor aos Pedaços...ai, ai...quem dera minha terra tivesse só Palmeiras, ia ser menos difícil voltar.

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Mural:

Meninas da Bahia: Não foi dessa vez que consegui esticar até esse lugar maravilhoso...vou convencer meu povo a mudar todinho pra Salvador, aí eu consigo arranjar mais desculpas pra ir aí comer Acarajé e ver vocês, não nessa ordem ;-)

Tatty: Perdão!!!! A correria foi tanta! Vixe...to sem desculpa pra dar, só essa mesmo! Perdoa nóis please!!!
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Colocando o sapato

Fui ali, volto já, fui comprar maracujá - maracujá doce, na feira...isso sim é vida.

Aqui não se tira o sapato, mas se come bisnaguinha, queijo quente e mamão papaya todo dia de manhã...não que uma coisa tenha alguma coisa a ver com a outra.
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O que veio primeiro?

No fim-de-semana fomos ao circo. Lembro quando juntando dois rótulos de leite moça a gente ganhava um ingresso pro circo do leite moça, que ficava no estacionamento do Carrefour. Eu achei o máximo. Mas bom, o circo por aqui é um bocadinho mais chique do que o circo do leite moça, foi o Cirque du Soleil.

Tinham me dito que ir a circo com um nenê e um guri de 3 anos não era boa idéia, que o show era meio "over", mas como a gente não dá muito ouvidos pros outros e só faz mesmo o que a gente quer, lá fomos nós. Nenê no sling, menino na mão e um certo receio de que depois de 15 minutos a gente ia ter que sair correndo com dois chorando.

Superando as expectativas, tudo correu pra lá de bem. Surpresack achou tudo o máximo. Não sei se nossos vizinhos de cadeira concordariam, já que ele tinha aproximadamente 10 questões por segundo: "Mamãe, o que o moço tá fazendo?", "Papai!!!!Olha! Por que o grilo fez aquilo?". "Mamãe!! A dona aranha subiu pela parede!". Dorminhoquina também se divertiu horrores. Mamou e dormiu do começo ao fim, com uma pequena pausa para prestar atenção por 5 minutos nos acrobatas.

O show, "OVO" foi um espetáculo de insetos saltitantes e contorcionistas fazendo coisas que só o Cirque du Soleil dá conta de inventar. Entre Kiwis voadores e uma Joaninha identificada por Irmãozack como "Olha mamãe, igual a Mamita Gordita!", ou seja, Gordina (não eu tá pessoal, vamos esclarecer!), um delicioso toque de Brasil dado pela Deborah Colker. A coisa começou em samba, passou por bossa nova e terminou com baião. Delícia para os ouvidos, ufania gratuita, bom, nem tão gratuita assim.

O que eu gosto de espetáculos assim é que a gente sai com vontande de voar, de pular na cama elástica, de fazer acrobacia, de criar coisas. Eu, no entanto, que já fiz literalmente aula de todas as coisas que se se sonhar nessa vida, inclusive de circo, sei que a coisa não é tão fácil assim. Passei um mês pra conseguir fazer uma gracinha minúscula no trapézio, quem dirá fazer o que esse povo faz, é impensável mesmo, ainda mais com minha exímia forma física atual. Circenzack, pra compensar, chegou em casa virando cambalhota, crente que estava fazendo tudo igualzinho. Sua única reclamação foi não ter visto a foca, sua nova paixão animal, mas o OVO veio primeiro.
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Workshop

Então eu me inscrevi para um workshop sobre "escrita científica" em Outubro, no auge do meu desespero com uns exames e não pensei direito que em Junho, época do workshop, estaria com um bebê de 2 meses (que teria 3 caso nascesse prematura). Fui aprovada pra vaga e fiquei com vergonha de dizer não. Lá fui eu semana passada. Marido bonzinho em mãos, 50 malas incluindo brinquedos diferentes e divertidos para Entediack, fraldas sem fim, roupas suficientes para abrir uma loja para Cagonina e vamos lá.

Rotina da semana foi assim: Acordar, tomar café correndo, voltar para o quarto para o marido ir tomar café, dar mamar, sair correndo. Hora do intervalo, ir no banheiro tirar leite. Hora do almoço, voltar para o hotel para dar mamar e voltar correndo. Hora do intervalo da tarde, ir para o banheiro tirar leite, fim do dia, nada de networking, nada de nada, voltar para o hotel correndo e encontrar todo mundo para fazer alguma coisa divertida. Divertido até foi no final das contas. Passeamos de trenzinho, alimentamos um cisnes, fomos ao museu das crianças, fomos a um castelo cheio de coisas antigas (e de todas as coisas antigas a que Historiack mais gostou foi o "pãozinho antigo" que a mulher deixou experimentar quando chegamos na cozinha do castelo - o pãozinho não datava do século passado, só para esclarecer).

Depois de uma semana de muito leite e muita televisão para as crianças encarceradas no hotel (que Papito levava pra passear durante o dia, vamos dar o crédito, tadinho), fomos conhecer o Canadá "pra inglês ver". Fomos ver baleias e outros bichos grandes que jogam água na gente (para o grande desgosto de Agoniack que deixou bem claro desaprovar aquela atitude infantil da Orca), também fomos ver as famosas cataratas do Niagara e a CN Tower. Semaninha intensa. Não recomendo fazer isso com bebê de 3 meses, os bichinhos choram no castelo, choram no museu, choram no parque, choram nas cataratas e haja trabalho de equipe pra ir ver as coisas com um enquanto se troca a fralda do outro, e ainda por cima, bebezinhos não sorriem nas fotos quando você quer! - Esses bebezinhos! Só porque os pais malucos a levam pra cima e pra baixo sem a menor compaixão, resolvem fazer birra e ficar de cara fechada nas fotos de família, pffft! A próxima viagem divertida, após esta experiência, foi adiada para daqui uns 18 anos, quando todos souberem ir ao banheiro sozinhos, andar o dia inteiro no sol sem cansar ou reclamar, se virar para achar a própria comida e não ficar meia hora chorando após ser molhado pela baleia. Ou até eu mudar de idéia, tipo...semana que vem. E pra não achar que a gente não se divertiu, apesar da canseira:

Da CN Tower - "Olha aquele prédio pequenininho"

No rio tem cachoeira, e cachoeira é um barato...

Não tente fazer em casa


Pezinho de bisnaguinha...

Ai que saudade da Bahia...na falta de praia "entrável", baldinho achado e pazinha improvisada


Se esse negócio de doutorado não der certo, tento a National Geographic


"Olha mamãe, é igual a gente! Um papai cisne, uma mamãe cisne, um filhinho cisne e uma irmãzinha cisne!"


A família busca-pé
(Pedicure? Desconheço a palavra há séculos)

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Em parcelas

Aos poucos, vamos contando a viagem:
Dia 1
Chegamos em Roma, alugamos um carro e fomos pra Pisa. No caminho, umas cidadezinhas medievais, la no alto das montanhas, a coisa mais linda. 
Paramos aqui e ali pra achar uns cantinhos tirados de livros de contos-de-fada, tudo muito magico e bonitinho...
Eu, como boa co-pilota que sou, dormi em uma parte da viagem (sou incapaz de ficar uma viagem inteira acordada, reclama o marido. Por isso eu queria ir de trem, mas ele insistiu...bom, jah me conhece ha 11 anos, estava bem informado). Em um certo ponto, Princhuco me a
corda angustiado, o GPS ficou doido e ele nao sabe mais como chegar em Pisa, estamos perdidos, declara. Acordo e quando olho pra frente la esta ela: Linda, Loira e Torta: