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Traduções

Prometi pra mim mesma que não ia escrever nenhum post até terminar o *%$#@*& (essa aprendi com minha amiga Márcia) da apresentação do meu protocolo de pesquisa. Mas como eu me peguei várias vezes em meio à apresentação pensando em forma de post, já formatado e dividido em parágrafos, não se trata de escrever, mas apenas transcrever, então tá autorizado.

Viver em outro país implica, obviamente, viver traduzindo as coisas. Aos poucos o processo se torna automático e você nem sabe mais quando está ouvindo uma língua ou outra, ou outra. Veja a filhinha de uma amiga venezuelana (que fala espanhol em casa, francês na igreja e inglês na creche, coisa comum por aqui), além de conversar com os brinquedos dela em todas as línguas, ela pensa que o nosso português é chinês, e mesmo assim ela entende, além é claro de constantemente corrigir meu portunhol.

Habitando o mundo dos bebês, o processo é semelhante. Você magicamente entende o que os choros querem dizer, e começa a ouvir coisas dentro de qualquer barulinho produzido pelo serzinho. Poliglack soltou a matraca e agora fala sem parar, prolixo que só ele. As divergências quanto à tradução é que são interessantes. O tio "Dadá" já estava certo de que ele seria o primeiro a ser chamado, mas a primeira fala mesmo foi "avvvvvvvvvvvv", e a avó, como não podia ser diferente, já saiu contado pra todos que o netinho já sabe falar "vovó querida do meu coração", ela tem certeza.

Agora, claro como a luz do dia, foi esse semana, quando ele começou a disparar "ma ma ma ma ma" pra todo lado...o pai ficou arrasado, chega deu dó, mas, vamos encarar os fatos - seja porque o estômago está vazio, seja porque foi "ma ma" mesmo que carregou o cidadão por 38 longas semanas (nada mais merecido do que ser a primeira a ser mencionada), ou seja só porque foneticamente essa é a sílaba mais fácil sem ter ainda qualquer conexão simbólica - ma ma, é mais importante, dura e fatídica verdade. Em vão foram todas as tentativas de ficar falando "pa, pa, pa" na frente dele um dia inteirinho, o coitadinho, "Ma ma" reina soberana.

E só para constar nos autos, para o alívio de Ma ma neurótica, Princhuquinho finalmente já sabe se virar na vida, ou pelo menos no edredon colocado no chão como sua área de exercício, ou melhor, de brincadeiras. O bichinho chega suou, mas conseguiu! "Alegria agora, agora...amanhã e depois e depois e depois de amanhã" quando ele não parar mais em lugar nenhum, já não tenho tanta certeza...

8 comentários:

Anônimo disse...

Keiko,
Fases...
Quando é melhor ou pior? Não dá pra dizer...
Meus filhos só foram falar aos 2 anos. Mas, quando falaram, falaram corretamente. E sempre papai primeiro.
A Lara agora ficou não usa mais fraldas. E isso é muito bom.
Amei a notícia sobre as classes das crianças.
;-)
PS: Esses seus apleidos para o seu filho são uma comédia!!! kkkkkkk

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Acuipe!!! Meu amigo me falou de um reveillon lá, mas é num acampamento adventista. Não conheço, mas imagino q deva ser muito bonito.
Qto às falas de bebes... minha priminha qdo tinha seus primeiros meses começou a falar e a primeira palavra foi "dedé". Eu fiquei boba, e tinha certeza de que era o meu apelido. Claro q como fazemos com cachorro p/ acostumar com seu cheiro (não sei se funciona) assopramos em seu fucinho qdo filhote, eu ficava repetindo p/ ela ouvir qdo bebê: "de-dé, de-dé".
Até hj, só me chama assim. Acho q nem sabe meu nome...rsrs
bjos

Anônimo disse...

Parabéns Princhuquinho por estar rolando... assim você tranquiliza a sua "Ma ma" que já estava preocupada com seu desenvolvimento motor :) "For the record" o Kelvin rolou uma vez (quer dizer, 5 vezes seguidas) quando tinha 4 meses e 20 dias e daí... nunca mais, só foi rolar mesmo lá por uns 6-7 meses, eu acho, quando ele já tava sentando, pulando no pulador e tudo.

Aliás, você já viu esses puladores de botar na porta? É o MÁXIMO - vcs tem que comrpar um. Aliás, tem um de pano que vc poderia levar na viagem pro Brasil, pra ele logo começar a pular. Dá pra botar o neném com 5 meses já... E daí bota uma música do Luiz Gonzaga que vc vai ver que legal. Eu devia botar na internet o vídeo do Kelvin pulando ao som do bom forró, vou tentar botar no YouTube.

Anyway... outra coisa trambolíssima mas bem boazinha nesta fase antes de engatinharem, é um tal de "exersaucer." Veja se arranja um doado por aí. Senão podemos até ver quanto sairia pra botar o nosso no correio proceis :)

Flávia disse...

Keiko,

Já o Pacotinho Globalizado aqui não fala Ma ma, mas cospe para cima, molhando a cara toda (a dele e a de quem estiver por perto), que é uma beleza ! Ainda não descobrimos quem ele está chamando quando cospe...

Anônimo disse...

Agora eu comento... ah comento... precisava me "$%?&**&?%$ denunciar?

Falando serio quando meu Silvio me disse que o Zack rolou pela primeira vez, voce nem sabe da grande alegria que inundou meu coracao...

Eu que nem sou a mae da crianca, nem fui nomeada a dinda (meu objetivo para o proximo), mas uma mera conhecida e eventualmente a tia Marcia fiquei emocionadissima, ja que o futuro da crianca estava em jogo. Segundo estatisticas oficiais do governo do Canada, sao nos primeiros cinco meses que o bebe da sinais do futuro que vai ter. O Zack por exemplo vai gostar de musica e vai trabalhar por conta propria sendo maitre chocolatier...

Agora quanto a controversia do que a crianca falou primeiro, eu estava la e posso atestar, ele falou: 'ma... ma...mas o que essa gente ta pensando? eu gosto muito de voce tia marcia...'

Fui

Anônimo disse...

Que isso Denilson...
É óbvio que ele vai escolher um nome mais facil pra falar, como Nyrlei, por exemplo!

Keiko disse...

Comentário VIP do Comentário da Márcia:

Sabe como é, essa vida acadêmica, estou acostumada a citar as minhas referências bibliográficas, não poderia plagiar sua idéia, isso por aqui dá até cadeia...

Sua candidatura a Dinda do próximo rebento já passou pelo COMA (Comitê Oficial de Madrinhas e Afins - pior é que foi sem querer...será que o assunto comida está incrustado no meu ser??) e foi aprovadíssimo. Agora não adianta mudar de idéia.

E tenho dito.

Keiko