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Segunda-feira??

Post que deveria ter sido publicado ontem. Vide explicação de rodapé.
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Hoje eu tinha que dar uma aula de manhã. Fui, a aula foi boa, os alunos fizeram perguntas, trouxemos uma família para falar sobre o que os terapeutas devem pensar sobre o que
é realmente importante sob a perspectiva dos pais e cuidadores dos nossos pacientes, todo mundo saiu feliz.

Saí da aula, entreguei pessoalmente uns documentos que estava enrolando para colocar no correio há semanas (e que incluiam minhas impressões digitais - achei super divertido tirar minhas digitais, Zackolino então ficou maravilhado com o processo, apesar de contrariado porque a moça não quis tirar também as impressões dele ), para ter acesso à base de dados do "Estatística Canadá". Sensação de dever cumprido e mais uma etapa da minha pesquisa que vai pra frente.

Almocei com uma amiga que ia assinar como "guarantor" (agora pegou...não sei como traduzir isso, não é testemunha, mas é alguém que garante que o menino da foto é o menino do nome, sabe como é?) para o novo passaporte canadense de Velhack. O almoço foi bom, e como ela está grávida e queria sobremesa, eu tive que acompanhá-la. O que eu não faço para satisfazer os desejos de uma amiga grávida, até comer sobremesa eu como! Em plena segunda-feira de começo de regime.

Como eu nunca ando pelo centro da cidade e já tinha estacionado o carro mesmo, resolvi dar uma andadinha em umas lojas, para ver se achava alguma coisa para vestir nas inúmeras celebrações de fim-de-ano que vêm por aí e para as quais eu nunca ia ter tempo de comprar nada proque cá pra nós, "fazer compras" pra mim ultimamente é sinônimo de frutas, verduras e carrinho, não roupas. Achei umas coisinhas daquelas que enganam e escondem a pança enquanto checava meus emails de 5 em 5 minutos para garantir que um pouco do meu serviço ia ser feito e ninguém ia notar que eu estava cabulando o trabalho para fazer compras. Deu certo. Se a moda pega e eu me acostumo... um perigo.

Em meio aos emails de trabalho recebo um assim:
"Convite para participar de um evento"
Evento: Estréia do LOST
Data: 2 de Fevereiro de 2010
Onde: Na casa da Keiko, é claro!

--> Então, a Keiko sou eu, vocês sabem. Há de se amar os amigos da gente.


Era meio da tarde então decidi que não valia mais a pena ir para o hospital, melhor ir pra casa e levar todo mundo para tomar a tal da vacina que estivemos procrastinando em meio a muitas ponderações. No caminho, Chico cantando pra mim no iPhone, passei e tomei um capuccino na minha padaria preferida. Passei na escolinha para pegar Zackolino que deveria estar dormindo naquela hora, mas que não estava, e veio correndo pulando no meu colo e me dando um abraço daqueles de matar qualquer um de alegria.

Cheguei em casa, saímos rumo à vacina, mas o nosso posto de vacinação estava fechado bem hoje. Sem estresse, quem já adiou 2 semanas, adia mais um dia. Voltei pra casa, acabei de arrumar a janta que estava pré-pronta desde ontem: salada de grãos de trigo com castanha e molho de iogurte, berinjela assada e arroz integral com abacaxi. Sério, eu não tenho a menor vocação pra Julia, mas essa comidinha estava assim...hum, sabe como é? Do tipo que faria Ana Maria Braga passar por baixo da mesa (eu sei que o trocadilho é velho, mas Oh Ceus, tem coisa mais brega do que isso? Ela ainda passa por baixo da mesa?). Quando você acha que depois deste dia está apta a começar um novo programa de culinária, tipo: "Se eu faço, você também faz!", com todos aqueles potinhos com as porções certinhas e coisas que ficam sempre lindas no final. Aprovado e repetido pela minha sogra, pra não dizer que minto sozinha.

Marido parte com sogra e filho para aula de ginástica, eu fico aqui com uma Gostosina que solta gargalhadas de tirar o fôlego ao descobrir que o saquinho de lencinho de papel está escondido na minha blusa. E tira o saquinho e morde. Eu escondo o lencinho ela faz cara de indignação e não entende aonde ele foi parar. E finalmente acha o lencinho e se estrebucha de rir. Afinal, quem precisa de brinquedos?

7:46. As duas crianças dormem, devidamente alimentadas, dentes escovados e eu aqui, blogando. Só falta agora tomar meu banho, fazer a unha e ir dormir com o sorrisinho que esteve no canto da boca o dia inteiro. Ou melhor, deixa eu dormir logo antes que algum avião caia aqui no prédio. Viu Garfield, e quem disse que segunda-feira não pode ser perfeita?

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Gente, parece piada mas enquanto eu estava "Googlando" uma foto do Garfiel pra colocar no post, de repente Nina acordou aos berros, Zack acordou em consequencia, os dois com fome (o menino é mesmo igual o da propaganda do rabanete, sabe qual?) Esfomina querendo peito e Esfomiack querendo...arroz integral com trigo! (ele já tinha batido um pratão antes de dormir) A despeito das minhas ofertas de morango com iogurte, creminho de abacate...enfim, vai entender. A paz passou por um instante, mas tudo bem, ficamos assistindo a semi-final de "Dancing with the stars" juntos, historinha e cama de volta...momento no qual eu capotei junto com eles e só acordei hoje, atrasada, janela do blogger aberta no computador. E tudo começa de novo.



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Carta para o Papai Noel

Sábado a noite, todos com preguiça e vontade absurda de ficar em casa e fazer nada. Em um surto natalino, Noelack pede para montar a árvore de natal. Mamãe que adora coisas de natal e seus derivados não perde tempo e dá-lhe caçar enfeites, luzinhas, alegria, alegria. Exausta pela intensa atividade física que é montar uma árvore de Natal, Preguiceiko anuncia que vamos comer pizza. Crianças ficam felizes com pizza, supõe-se. Nutricionack no entanto fala:
- Ah não mamãe, eu quelo arroz e feijão.
Mas como a Mamãe é a rainha (ditadora?) do lar, a pizza é feita (e por feita obviamente leia: descongelada + milho + espinafre - pra dar o efeito nutritivo e umas colheres de cream cheese - pra dar aquele efeito catupiry).

Mais tarde, entre guirlandas cheias de nó, homens de neve e enfeites de mãozinhas minúsculas no gesso de um nenezinho que virou moço, Papito pergunta:
- Então Zack, o que você vai pedir pro Papai Noel?
E Resoluzack sem titubear anuncia:
- Arroz e feijão. And candy.

É bom saber que mesmo se sua mãe não te ouve, sempre pode-se contar com o bom velhinho.

PS - Uma amiga grávida entrou outro dia em pânico porque descobriu-se falando horas a fio exclusivamente sobre bebês, como se nada mais na vida fosse importante. Eu tenho horror a conversas com outras mães que só giram em torno de bebês, acho chato mesmo quem só sabe falar sobre isso, como se a vida tivesse parado. Mas pensando bem...eu só escrevo sobre isso! E bom, cá pra nós, a gente continua se arrumando, trabalhando, fazendo ginástica (cof, cof) e tentando ser bem-sucedida na vida, mas quem quer saber sobre pesquisa, trabalho, trânsito, moda e outras coisas ainda menos importantes como política, economia, atualidades, mundo. Aliás, que mundo?
A conclusão que cheguei é que sim, há vida após a maternidade, na verdade depois que acaba a licença tudo volta ao normal incrivelmente rápido, alías, tudo sempre esteve lá. O que acontece é que essa vida se torna menos importante e bem menos interessante do que um sorriso de um dente só, frases engraçadinhas e abraços coletivos. Mais do que isso, as coisas do universo mãe passam tão rápido, enquanto a vida e suas outras coisas bem sérias continuam por lá. Então, é como eu disse pra minha amiga: Fica fria, daqui uns 18 anos passa... talvez 30...bom, não sei qual é o ponto onde seus filhos não são mais o centro do seu mundo, não quero nem pensar, porque este mundo é inexplicavelmente delicioso.

Assinado:
Keiko, a alien.
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Diário de uma mãe sem tempo

Poxa que poxa (como diria o Júlio, do Cocorícó - piada interna para mães) um mês sem postar, hein? Estou pensando seriamente em mudar o nome do blog para este do título... ou será que "mãe sem tempo" é pleonasmo? Do tipo: "A mãe sem tempo entrou pra dentro, subiu pra cima, desceu pra baixo e só não suicidou-se a si mesma com as próprias mãos porque uma estava ocupada cozinhando e a outra brincando de jogo da memória e se tivesse mais uma mão livre estaria colocando mais uma leva de roupa na máquina". O problema é que o diário seria assim:
"Querido diário, hoje não dá tempo de escrever, mas amanhã eu tento de novo".

Deixa assim mesmo então...eu tenho uns posts ótimos que andam escritos no meu cérebro, mas entre dentes crescendo e jogos de hockey com taco de golf e bola de futebol (estrelando Spiderman X Mulher Maravilha) não sobra tempo pra digitar. Se alguém aí inventar um cabo USB que conecte direto no córtex por favor avise que será de grande utilidade.

Por aqui anda assim:
Na Bebolândia o primeiro dente apareceu semana passada e precisamos morder o mundo. Passou na frente, a gente tritura. Dormir, obviamente, se tornou obsoleto para todos na casa, aliás, no prédio, no bairro, no mundo?...Dormir? O que é isso mesmo? O sofá da sala tem sido o spot mais concorrido da noite.
De dia, em compensação, começamos a engatinhar, ficar de pé e mandar beijo pra dentro, só pra seduzir o suficiente para aguentar mais um noite, ou muitas. Quantos dentes a gente tem mesmo?

Aliás, falando em dormir eu só estou aqui agora as 4 da manhã porque Pesadelack acordou aos prantos, dizendo: "Mamãe!!! Eu quelo ser mais japunes (japonês)!...é o papai noel". Freud, meu caro, você está por aí?

Com as recentes visitas dos tios, Familiack anda todo saudoso e diz pra todo mundo o tempo todo que está com saudades, para ligar no Skype. Isso, e também "Porque sim/não, não é resposta", que o tio fez questão de ensinar, para o deleite da mãe que agora precisa de respostas pra tudo e oh céus!...o menino tem perguntas.

E agora deixa eu ir pra cama por uns 5 minutos, antes da próxima acordada. Mês que vem eu volto :-)