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Autoestima

Eu já li e já ouvi muitas vezes que uma das habilidades mais importantes a se desenvolver em uma criança é a autoestima.

Criança que tem confiança em sí e que acredita ter a capacidade para vencer desafios não se deixa abalar pelas adversidades, é resiliente. E é aí que entra também a discussão sobre o excesso de incentivos "falsos" que pais podem dar, no sentindo de dizer que tudo que a criança faz é bom, bonito, o melhor e tal. Ao contrário do bom incentivo e na medida certa para que a criança perceba que, merece sim os créditos por algo bem feito, o reforço positivo, que a fará eventualmente acreditar que pode realmente fazer o que quiser, desde que esforce-se para tal. E mais que isso, que ela realmente sabe como ser ótima, independentemente do que outras pessoas possam dizer.

Daí que você tenta fomentar este tipo de autoestima, aliada à uma confiança inabalável também em Deus, ou seja, juntos, você e Deus sabem como ninguém como ser uma pessoa sábia, correta, querida e feliz. Daí vem o seu filhote de cinco anos e aos prantos diz que não quer vestir a camisa do "Cookie Monster", porque algum amiguinho falou que aquela camisa era de bebê. Não só falou como chamou outras crianças para confirmar sua tese. A camisa que semana passada ele escolheu e pediu pra vestir. Depois que a vontade de sair e fazer justiça com as próprias mãos, dar um soco na cara do moleque e falar que "bebê é você, seu otário! Vai mexer com alguém do seu tamanho", você pensa que talvez, só talvez, esta não seja a melhor solução, se recompõe e com toda a calma do mundo bate um papo cabeça sobre ser ou não ser, acreditar no que os outros dizem, quem são seus amigos, quem é você e o que fazer quando alguém fala alguma coisa que você não gosta. Troca-se a camiseta, sai o menino pra escola, fica a mãe pensando que cada vez mais ela sabe cada vez menos, e lá fora o mundo cresce sem controle.

As vezes eu acho que exagero. Que esta é realmente só uma questão sobre gostos de camiseta e um menino meio bobo (não o meu, obviamente), contra um menino muito bonzinho (o meu, obviamente) tendo uma discussão mais boba ainda durante o recreio. Mas e se não for? Saudade do tempo que minha única preocupação era a cor do cocô, e uma leve impressão de que mais fácil não fica.
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Desabafos de uma mãe doutoranda

Esta semana eu dormi no total, 9 horas, desde sábado. Não é exagero, acabei de contar. Hoje é quinta.

Acho que cheguei no ponto em que posso dizer seguramente que nunca estive tão cansada, tão estressada, tão sem paciência e com tanto sono na minha vida.

Nesta semana: esqueci de abastecer o carro e fiquei sem combustível no meio da ponte, tive que ser guinchada até o posto e contar com a imprescindível ajuda dos amigos queridos (valeu mesmo Márcia e Silvio) para ir buscar os filhos nas respectivas escolas. Esqueci a chapinha ligada um dia inteiro e quando eu voltei a pia estava fervendo (e não, eu não passei a chapinha no cabelo de manhã, porque eu basicamente achei legal ligar a chapinha e ir embora), saí de casa sem casaco (num frio de -9 graus) e só percebi quando cheguei no trabalho (tá bom, foi semana passada, mas ainda entra na conta do descerebelamento), Atrasack chegou na escola atrasado dois dias, perdeu aula de violino e natação.

Só pra se ter uma ideia, cheguei no ponto de passar no drive-thru do McDonald's, comprar o lanche e deixar as crianças comerem assistindo televisão enquanto eu solenemente escrevo este post, pela pura e simples falta de força física para fazer janta ou subir a escada e botá-los pra dormir. Tamanha é a gravidade da situação.

Em compensação, eu analisei 500 páginas de estatística (não é exagero, eu abri uma resma de papel sulfite e gastei-a inteirinha - aliás, faltaram ainda algumas páginas), enviei dois artigos para publicação e submeti 2 resumos para conferências e uma "aplicação"de pós doutorado de 123 páginas (também não é exagero), além de avaliar 3 novos pacientes para minha pesquisa.

Sílvio: - Você quer trocar esta vida acadêmica maluca e este título de PhD inútil por uma noite inteirinha de sono e uma praia com água de côco e tempo para brincar com seus filhos?
Keiko: - Siiiiiiiiiiiiiim!

PS - Maridex está no Brasil esta semana, e é quando eu tiro o chapéu para qualquer mãe solteira. Eu não dou conta.

PS 2 - Você, mãe dedicada e companheira de guerra que estiver sentindo-se a pior mãe por ter ignorado seu filho por 5 minutos por qualquer razão bem justa, não se acanhe, lembre-se que em algum lugar do mundo sempre tem uma mãe pior que você.




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Pra nao acharem que andamos morrendo por ai...


Sinceramente acho que não tem graça masi ficar falando que eu não acho mais tempo pra blogar... e acho uma pena grande (tipo pena de pavão quem sabe?) estar perdendo a chance de registrar as muitas coisas que andam rolando por aqui...aliás, uma pena que Desmemorina vai ficar sem memórias, coitada!

Fato é que desde que voltamos de múltiplas viagens eu ainda não consegui me organizar de novo (de novo?), as malas, por exemplo, ainda estão pelo chão, no já tradicional sistema de "vamos usando da mala, assim não tem que guardar", funciona super bem, em aproximadamente 2 semanas a mala está vazia de novo e você economizou o tempo e encheção de desfazer as malas, a pior parte de toda viagem, como bem se sabe. Além, é claro, de não precisar varrer a área por baixo da mala por todo este tempo. Eu sei, minhas habilidades domésticas são de matar de inveja.

Ontem até comecei a ecrever um post no Word no meio do trabalho, mas daí alguém ligou, outro pediu outra coisa e lá ficou o post pela metade, mas de repente até o fim da semana eu acabo, era sobre a loucura da maternidade, se é que poderia ser sobre outra coisa.

Só pra constar nos autos que ainda estamos vivos e que vocês dois ou três que ainda passam por aqui são muito apreciados, vai uma fotinho de um dos programas " Quebequenses por excelência", o primeiro "Apple picking" ou " Cuillette de Pommes" - para os nacionalistas - da Maçazina, que voltou pra casa falando "apple mamãe, apple...ma-tã...hummmm!", depois de uma overdose de maçãs e seus derivados. Colheidorack já é um expert no assunto, tem mais colheita de maçãs do que anos de vida.



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Empregos

Começou esta semana o festival "Juste pour rire" = Só pra rir, aqui em Montreal. Entre os muitos festivais que acontecem no verão por aqui este é o meu favorito. Basicamente, o festival consiste em um bando de atrações variadas acontecendo na rua, sem um tema específico, mas pura e somente, para fazer rir. Além dos shows pagos em teatros de stand up comedy e outros, as atrações na rua são tão variadas quanto bandas, bonecos gigantes, gente andando em perna de pau sendo guiada por algo que lembra um mix de Star Wars com guerreiros chineses, homem-bala, um lugar soltando espuma, outro soltando água, garçons em restaurantes servindo cobras de borracha e cantando para o público, enfim... a ideia é essa... quem no mundo consegue não rir vendo outro ser humano pagando um mico.

Domingo fomos lá conferir, e além de nos divertirmos a beça, depois de bater um papo sério sobre "carreira e futuro" com meu irmão mais novo, fiquei refletindo sobre as escolhas de carreira que a gente faz na vida. E não, não se preocupem, isso não vai ser um ensaio profundo e filosófica sobre o assunto. O que eu queria mesmo era dizer que, apesar da convicção da minha mãe de que tanto estudo não dá futuro, existe momentos em que eu penso... ok, passar os dias de verão em um escritório sem janela fazendo esta coisa altamente abstrata que chamam de "pesquisa" pode até ser chato (e tão pouco eu posso chamar isso de emprego, mas enfim...), mas eu definitivamente não queria este emprego (sobretudo em um calor de 30 graus):

- A cara do Zack é tipo: "Mamãe falou pra não conversar com estranhos, mas será que eu faço o que quando encontrar uma língua?"


Ou este (mesmo sendo mais refrescante):

- E obviamente a gente pagou $2 pra tentar derrubar o palhaço, sem sucesso.


Já este eu pegaria fácil, aliás, já estou considerando a mudança de carreira djá (embora talvez, e só talvez, me falte uma coisinha ou outra das habilidades requeridas):


Bom mesmo é este emprego (e esse pelo menos eu já garanti):

- Iogurte gelado do Yeh, nosso lugar favorito deste verão - Porque iogurte tem metade das calorias, já diria minha amiga Márcia. Em relação à que é que não se sabe, mas isso não importa.

- Pensa que meu Charles e minha Rose fizeram mais sucesso do que qualquer outra atração do festival, obviamente.
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A vida imita a bolsa

Já aconteceu de você decidir trocar de bolsa, e depois de tirar todos os items necessários (leia: cateira, necessaire, celular, chave, laptop e seu cabo, pendrive, fone de ouvido, estojo) a bolsa anterior ainda parecer muito pesada e você então decidir dar só uma olhadinha no que tem lá dentro e achar dentro dela:
- Uns $20 em moedas espalhadas pelos mais diversos compartimentos,
- Aquele pendrive que você já tinha dado por perdido há muito tempo,
- O batom que veio na necessaire da promoção e que você tinha culpado as crianças por sumir com ele,
- 2 kiwis,
- 1 piranha de cabelo (ufa, hein? Se fosse piranha de rio a coisa ia estar realmente feia) com 3 dentes quebrados,
- Remédio pra alergia dentro e fora da cartela,
- 1 conta de cartão crédito (atrasada, obviamente),
- Elásticos de cabelo,
- Pacote de lencinho de papel todo amassado e cheio de sujeira (sujeira da bolsa, pelo menos não do nariz),
- Pedaços de biscoito das crianças nos mais diversos estágios de decomposição,
- Cartão daquela professora de música que você queria ter chamado pra tocar no aniversário da filha (que foi há 2 meses),
- Creme pra área dos olhos,
- Tubo de creme semi-vazio roubado de algum hotel,
- Tampas de canetas diversas,
- Canetas diversas que não pertencem às tampas
- Saquinho Zip com creme de mão, gloss e rímel que você tinha tirado da necessaire pra passar na segurança do aeroporto há um mês (e que não achando-os dentro da necessaire mais tarde, substituiu por outros)
- Clipes e outras miudezas (adoro essa palavra! Que alegria poder usar! haha)
- Tampa do tira-manchas-portátil que você tinha procurado pela casa inteira

Sério gente, eu estou, pasma, literalmente descrevendo os items que agora estão na minha mesa, saídos desta bolsa que eu ia botar no armário, vazia, assim pensava eu. As vezes eu fico com medo de mim...

...nunca aconteceu com você? Alguém?? Por favor, não me deixem sozinha aqui, varrida embaixo do tapete.

Espero que isso explique um pouco o porquê da minha ausência e do atraso já nem contestado do post de 4 anos do Zackolino.

Por isso hoje fomos à praia, ouvi dizer que era terapêutico, ainda que seja praia de rio.

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PS - Meninas e meninos, um monte de gente tem me perguntado da Flávia, do Crônicas do Ilgu, que sumiu há 4 meses e nunca mais voltou... então, gostaria muito de ter notícias pra dar, mas não tenho!! Como vocês tem percebido ultimamente eu custo ter notícias de mim mesma... Se alguém souber do paradeiro da moça me avisa, tá?


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Homens

Aos 3 anos:

A mãe chega na escolinha de cabelo cortado. O filho:
- Oi mommy!!! Ué mamãe, porque você tá assim?
- Cortei o cabelo filho, tá legal?
- Ah...tá muito linda, tá paLecendo uma "Princess"!

Aos 39:

- Tch-na! Que tal meu novo corte de cabelo? (Diz ela toda prosa com a franja moderníssima, se achando a cara da Daniela Suzuki)
- HAHAHAHA, mas o dia do índio já passou!
- Ah Docinho (e vou escrever Docinho mesmo que é pra ele passar vergonha!), da última vez que eu cortei você falou que não parecia que tinha feito nada, que eu tinha que radicalizar pelo menos uma vez, fazer uma coisa diferente!
- Ah, não, tudo bem, tá diferente, mas era mais bonito do outro jeito.

Algum fenônmeno ocorre entre os 3 e os 40 que de repente, os homens perdem a capacidade de improvisar para se safar...ou será que é só porque eles deixam de ser engraçadinhos e acham que precisam ser sinceros??

Hello!!! Fica aí a dica para os XY que circulam por aqui: Ouçam a voz da razão e façam como o de 3, não o de 39, ok? Ninguém aqui quer sinceridade, sobretudo sobre o novo corte de cabelo.

Isso dito, eu confesso que passei na frente do espelho e me perguntei se estava no Carajás, tô super feliz com o corte novo gente! É o mais perto que eu já cheguei de parecer uma autêntica brasileira (e não Filipina, Mexicana, Vietnamita...). Princess Juruna, ao seu dispor!

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Informação é tudo


Li ontem um artigo falando que a segunda maior causa de entrada de crianças no serviço de urgência é por queimaduras, e dentre elas a mais comum é causadas por acidente com ferro de passar roupa. Então é isso, ando mantendo medidas preventivas há tempos, agora com uma boa razão. Passar roupa é uma ação cientificamente e permanentemente excluída da nossa rotina.

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A Fernanda, simpática como ela só me deu esse selinho aqui, obrigadinha, viu? Sonho é sempre bom!
Como a lista de blogs que eu leio está diretamente proporcional ao tempo que consigo arranjar, ou seja, cada vez mais curta, vou meio que fugir das regras (eu sou péssima pessoal, sempre faço tudo errado, foi mal!) e aproveitar a coisa do selo pra divulgar a campanha da Roberta, que nem é dela, mas que ela apresentou pra estratosfera das mamas. A parada é pra tentar (e quem não tenta não tem chance nenhuma mesmo de conseguir não é não?) acabar com a picaretagem na política...tarefa grande demais?? Olha, pra quem pari um filho, e o cria nesse mundo como está, nada mais é difícil, então mães do Brasil, uni-vos!

E eu recomendo todos os blogs aí na lista do lado, é leitura pra sonho nenhum botar defeito!



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Enquanto a retrospectiva do Batman cozinha...

Estou devendo a a retrospectiva 2009 do meu Batmack. Ela está em compilação, hora dessas sai do forno, espero que não queime.

Enquanto isso, na sala de justiça...

Essa semana assinei um acordo entre mim e a Sua Majestade a Rainha Elizabeth. Ela me dá acesso à base de dados do governo federal, eu prometo, aliás, eu juro não contar nada confidencial pra ninguém. Eu que entendo absoulatemente nada de política me pergunto: O que a velhinha tem ainda que ver com isso, minha gente?

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Perguntas essenciais à sobrevivência:
- Mamãe, por que a baleia não tem cabelo??

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E reflexões de alto teor filosófico (minhas desta vez):
- Qual é o prazo de carência para resoluções de ano novo?


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Se você, como meu amigo Thiago, não entendeu nada, vide post acima.





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Retrospectiva 2009 - Parte I - Aquela que Didi Moco se orgulharia

Olha pessoal, nao queria publicar mais um post sem acentos nao, com essa desculpinha esfarrapada de nao saber como colocar, alias, que tipo de ser pouco dotado nao sabe como mudar essa coisa de teclado e acento? Coisa chata, ne? Eu seique tem um jeito, mas ai que preguica...mas eh serio, agora estou no computador do meu primo e nao sei mesmo...e ele esta dormindo, e amanha quando ele acordar a gente vai sair correndo pra fazer compras, comer, comer, comer, brincar na neve e essas outras coisas que andamos fazendo ultimamente, entao eu vou acabar nao postando a retrospectiva 2009. Considerando que este eh um objetivo na minha lista de coisas a fazer ainda em 2009, o Natal jah passou entao nao da mais pra mandar cartoes para os queridos, entao ou eu publico o tal do post sem acento mesmo, ou eu tenho que emagrecer 10 kilos de hoje ate dia 31. Melhor postar.


Eu sempre adorei a retrospectiva da Globo, apesar de muita tragedia, sempre tem coisa que a gente fica pensando...nossa, foi nesse ano mesmo! Gente, parece que faz decadas, e outras coisas que ninguem lembrava que aconteceu. Fato eh que todo ano acontece algo marcante, alguem importante morre, alguem que vai ser importante (ou nao) nasce, alguma coisa sempre explode, toda vez tem alguma coisa relacionada a saude/doenca, um evento historico na politica, enfim, a historia se faz ano a ano.



Este ano pra mim foi inacreditavelmente nao ocorrido. Nao, serio, simplesmente tipo... cade o ano minha gente? Como assim acabou??



2009 ja comecou atrapalhado. Nessa mesma epoca do ano em 2008 eu estava soh o bagaco, depois de terminar meus comps, como voce pode conferir aqui. Eu so sei que depois disso era Dezembro de 2008 e eu estava na fazenda da minha vozinha em Minas Gerais. No dia 29 tive uns sangramentose Nina, que na epoca era Mel, ou Clara ou Yasmin (ate que esta questao foi resolvida aqui, olha so, leitores, como voces fizeram parte do meu ano) estava na panca e depois que o ultrasom mostrou que estava tudo bem, "custosa" como sou, como diziam minha mae e minhas tias, nao desisiti do voo Uberlandia- Sao Paulo que estava marcado e fui assim mesmo, andando bem devagarzinho pra encontrar Papitao em Sampa, de onde iriamos para Angra dos Reis. Como nos sofremos da sindrome de "enrolacao patologica", acabamos saindo de Sao Paulo la pelas 17h do dia 31 e vendo que o tempo estava apertado resolvemos parar em Penedo para o Reveillon. Sem reserva, as 21h da vespera de ano novo, a gravida, a crianca de 2 anos e o pai perambulam sem estadia, batendo de porta em porta em todas as pousadas da cidade. Tira o menino de 2 anos, troca o carro por um jumentinho, bota Natal ao inves de Ano Novo e eu ja vi essa historia....

Ate achar pousada, descer malas, botar a roupa de Reveillon e quando saimos para ver os fogos ja era tarde e soh tinha mais uns traques estourando na rua, coisa deprimente. Tambem nao tinha vaga pra jantar em lugar nenhum e acabamos voltando pra pousada com fome, comemos uns restos de slagadinho da viagem e fomos dormir assim.



Apesar do acontecimento do EVENTO do ano, que foi ganhar minha menininha gostosa, cremosa e saudavel apesar de toda essa confusao, o ano todo foi realmente neste ritmo de " Os trapalhoes", serio mesmo que eu devia fazer um remake. De Janeiro a Marco eu nem sei o que aconteceu, mas em Marco pense, gravida muito gravida de 8 meses, marido teve que ir pro Brasil. Nesse meio tempo fico sabendo tambem que fui aprovada para a etapa final da bolsa dos sonhos. Faco a entrevista pelo skype e no dia seguinte acordo sangrando. Por sorte meu irmaozinho ficou comigo porque enquanto Papai fazia escala em Washington eu fazia escala no hospital. Papai volta voando, a tempo de chegar no meio da cesarea da PequeNina. Dai pra frente a coisa passou num vupt. (E agora estou com muito sono para continuar procurando os links para os posts de eventos marcantes do ano... entao alem de nao ter acentos, daqui pra frente tambem nao tem links. Com sorte, ate o fim do post ainda tem alguma palavra).



Fazendo um esforco sobrenatural para tentar tomar consciencia do que aconteceu depois disso, vejo so mesmo uns vultos. Sei que fiquei de "meia-licenca-maternidade" e pelo menos consegui neste tempo curtir minha Gorduchina e de quebra meu Magricelack tambem. O verao foi otimo, fomos muitas vezes ao parque fazer piquenique e andar de bicicleta, fui a um monte daquelas aulas mae-bebe de natacao, musica, ginastica, fui ate em varias (duas ou tres) aulas pra entrar em forma pos-bebe. Viajamos um bocadinho, pra fazer curso, mas tambem pra passear, dois artigos meus foram publicados, apresentei trabalho em congresso, fiz a maior sequencia de exercicios da minha vida (por uns tres meses, perdendo so um terco das aulas) com Pilates, decidi que ia comecar a acordar cedo e dormir antes das 2 da manha, mas nao consegui.



Mas pra nao comecar a minha lista de coisas que eu planejei e nao fiz, pra nao contar como nunca na vida me senti tao desorganizada e atrapalhada, como eu nao me dei conta que Pobrezina tem 10 meses e nenhuma pagina de scrapbook, nenhum album virtual, vou logo pular esta parte e retrospectivar (se existisse, essa palavra seria bonita, nao?) a vida dos meus piticos, porque afinal de contas, mesmo o tempo passando rapido demais pro meu gosto, para eles foi um terco de vida, e uma vida inteira, tudo em 2009!



(continua amanha...)
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Bate o sino pequenino...


Gente, eu sei que já ficou sem graça eu aparecer por aqui depois de um mês dizendo que não estou achando tempo de postar, mas o fato é que...bom, realmente eu ando sem tempo de postar... em parte por culpa do meu Mac, que apesar de simpático, complica a tarefa de colocar acentos, o que me chateia pra digitar, outra grande parte é o fim de semestre, provas para corrigir, artigos para entregar, aquele desespero de acabar as coisas antes de acabar o ano, mas o ano vai acabando e as coisas não, crianças doentes e...o programa de natal que estamos preparando!!

Para quem estiver aqui por Montreal, dando sopa neste sábado, venha conferir, o convite está aí em cima e a entrada é " de grátis!" . Vou adiantando que Cantarolack vai fazer um solo e Natalina vai ser o meNINO (como diz a Camila ;-) Jesus, isto é, se Jesus ajudar a sua intérprete a sarar da pneumonia até lá.

Depois disso só tem mais uma segunda-feira e...miniférias (isso também é tudo junto agora? E sem acento? Ou com? Xiiii) durante a qual eu já avisei pra minha mãe que só quero dormir, fazer scrapbook, alguns bonecos de neve e biscoitinhos de natal com Cozinhack pra levar para os velhinhos no asilo. Só.

Obrigada queridos leitores pelos desejos de feliz natal, e pelos comentários carinhosos e altamente motivadores!! Eu ainda estou tentando marcar uma data para quando eu vou voltar a ser uma blogueira minimamente decente, quem sabe esta vai pra lista de resoluções para 2010. Gente...2010!! Tem noção um negócio desse??? Deixa eu correr atrás da minha nave espacial porque 2011 está aí!
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Segunda-feira??

Post que deveria ter sido publicado ontem. Vide explicação de rodapé.
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Hoje eu tinha que dar uma aula de manhã. Fui, a aula foi boa, os alunos fizeram perguntas, trouxemos uma família para falar sobre o que os terapeutas devem pensar sobre o que
é realmente importante sob a perspectiva dos pais e cuidadores dos nossos pacientes, todo mundo saiu feliz.

Saí da aula, entreguei pessoalmente uns documentos que estava enrolando para colocar no correio há semanas (e que incluiam minhas impressões digitais - achei super divertido tirar minhas digitais, Zackolino então ficou maravilhado com o processo, apesar de contrariado porque a moça não quis tirar também as impressões dele ), para ter acesso à base de dados do "Estatística Canadá". Sensação de dever cumprido e mais uma etapa da minha pesquisa que vai pra frente.

Almocei com uma amiga que ia assinar como "guarantor" (agora pegou...não sei como traduzir isso, não é testemunha, mas é alguém que garante que o menino da foto é o menino do nome, sabe como é?) para o novo passaporte canadense de Velhack. O almoço foi bom, e como ela está grávida e queria sobremesa, eu tive que acompanhá-la. O que eu não faço para satisfazer os desejos de uma amiga grávida, até comer sobremesa eu como! Em plena segunda-feira de começo de regime.

Como eu nunca ando pelo centro da cidade e já tinha estacionado o carro mesmo, resolvi dar uma andadinha em umas lojas, para ver se achava alguma coisa para vestir nas inúmeras celebrações de fim-de-ano que vêm por aí e para as quais eu nunca ia ter tempo de comprar nada proque cá pra nós, "fazer compras" pra mim ultimamente é sinônimo de frutas, verduras e carrinho, não roupas. Achei umas coisinhas daquelas que enganam e escondem a pança enquanto checava meus emails de 5 em 5 minutos para garantir que um pouco do meu serviço ia ser feito e ninguém ia notar que eu estava cabulando o trabalho para fazer compras. Deu certo. Se a moda pega e eu me acostumo... um perigo.

Em meio aos emails de trabalho recebo um assim:
"Convite para participar de um evento"
Evento: Estréia do LOST
Data: 2 de Fevereiro de 2010
Onde: Na casa da Keiko, é claro!

--> Então, a Keiko sou eu, vocês sabem. Há de se amar os amigos da gente.


Era meio da tarde então decidi que não valia mais a pena ir para o hospital, melhor ir pra casa e levar todo mundo para tomar a tal da vacina que estivemos procrastinando em meio a muitas ponderações. No caminho, Chico cantando pra mim no iPhone, passei e tomei um capuccino na minha padaria preferida. Passei na escolinha para pegar Zackolino que deveria estar dormindo naquela hora, mas que não estava, e veio correndo pulando no meu colo e me dando um abraço daqueles de matar qualquer um de alegria.

Cheguei em casa, saímos rumo à vacina, mas o nosso posto de vacinação estava fechado bem hoje. Sem estresse, quem já adiou 2 semanas, adia mais um dia. Voltei pra casa, acabei de arrumar a janta que estava pré-pronta desde ontem: salada de grãos de trigo com castanha e molho de iogurte, berinjela assada e arroz integral com abacaxi. Sério, eu não tenho a menor vocação pra Julia, mas essa comidinha estava assim...hum, sabe como é? Do tipo que faria Ana Maria Braga passar por baixo da mesa (eu sei que o trocadilho é velho, mas Oh Ceus, tem coisa mais brega do que isso? Ela ainda passa por baixo da mesa?). Quando você acha que depois deste dia está apta a começar um novo programa de culinária, tipo: "Se eu faço, você também faz!", com todos aqueles potinhos com as porções certinhas e coisas que ficam sempre lindas no final. Aprovado e repetido pela minha sogra, pra não dizer que minto sozinha.

Marido parte com sogra e filho para aula de ginástica, eu fico aqui com uma Gostosina que solta gargalhadas de tirar o fôlego ao descobrir que o saquinho de lencinho de papel está escondido na minha blusa. E tira o saquinho e morde. Eu escondo o lencinho ela faz cara de indignação e não entende aonde ele foi parar. E finalmente acha o lencinho e se estrebucha de rir. Afinal, quem precisa de brinquedos?

7:46. As duas crianças dormem, devidamente alimentadas, dentes escovados e eu aqui, blogando. Só falta agora tomar meu banho, fazer a unha e ir dormir com o sorrisinho que esteve no canto da boca o dia inteiro. Ou melhor, deixa eu dormir logo antes que algum avião caia aqui no prédio. Viu Garfield, e quem disse que segunda-feira não pode ser perfeita?

*******************

Gente, parece piada mas enquanto eu estava "Googlando" uma foto do Garfiel pra colocar no post, de repente Nina acordou aos berros, Zack acordou em consequencia, os dois com fome (o menino é mesmo igual o da propaganda do rabanete, sabe qual?) Esfomina querendo peito e Esfomiack querendo...arroz integral com trigo! (ele já tinha batido um pratão antes de dormir) A despeito das minhas ofertas de morango com iogurte, creminho de abacate...enfim, vai entender. A paz passou por um instante, mas tudo bem, ficamos assistindo a semi-final de "Dancing with the stars" juntos, historinha e cama de volta...momento no qual eu capotei junto com eles e só acordei hoje, atrasada, janela do blogger aberta no computador. E tudo começa de novo.



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? . ...

Sempre acontece:

- Mas você faz o que mesmo nesse doutorado, Keiko?
- Faço pesquisa.
- Você pesquisa o quê?
- Estou pesquisando quais são os fatores que determinam a participação em atividades de lazer e qualidade de vida de adolescentes com paralisia cerebral.
- Ah...

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Carinhozack dá um abraço apertado em Fofuchina e depois a solta, fazendo-a cair no chão:

- Filho, você não pode soltar a irmãzinha assim de uma vez, se não ela cai.
- Tem que soltar de duas vezes, mamãe?
- ...

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Conversa com pessoas que tem empregada, ou não têm filhos, ou têm trabalhos com hora pra começar e terminar:

- Mas você teve dois filhos no meio do doutorado? E cuida da casa? Como você consegue?
- Pois é, sei lá, a gente vai indo.
(conversa vai, conversa vem...)
- Mas cuidar de casa é uma loucura, por exemplo, outro dia quando eu estava limpando o rodapé...como você faz pra deixar o rodapé branquinho?
- O rodapé?? Sério? Branquinho? Hum...
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Onde?

Desde que eu decidi que não durmo mais depois da meia-noite minha vida cibernética sofreu cortes. Email cheio de estrelinhas em mensagens que eventualmente serão respondidas, album digital da Gordina que nunca foi feito, blog pra lá de desatualizado, post de 6 meses da nenezinha escrito no caderninho durante o intervalo da aula, mas sem tempo pra digitar...

Ou isso ou acelero meu processo de Alzheimer e boto fogo na casa (esqueci panela - vazia - no fogo 3 vezes na mesma semana). Então acho que tem que ser isso, sabe como é, tenho uns meninos pra criar. E já são 12:53, droga! Mas eu tinha que contar isso pra vocês.

Mas eu volto...deixa só os neurônios se recuperarem um pouquinho.
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Vômitos inteligentes e outros fatos

Um estudo mostrou que enjoos matinais na gravidez estão associados com crianças mais inteligentes. Pelo menos algo positivo pra manter em mente enquanto se admira o fundo da privada. Se depender de mim, o mundo tem dois novos Einsteins.
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No prédio onde eu moro só tem velhinhos. Outro dia encontrei uma das minhas velhinhas preferidas, que está sempre respectivamente acompanhada do seu velhinho, que além de super simpático aparenta uns 30 anos a menos do que a realidade. Acontece que a velhinha veio me contar que seu velhinho tinha falecido...me deu uma tristeza. Toda vez que chego em casa agora fico só pensando que ali bem do meu ladinho tem uma velhinha sozinha no seu apartamento, esperando sua vez chegar. Aí eu corro e abraço muito o meu velhinho (11 anos de diferença gente, pense...), o negócio é mesmo fazer cada dia contar, e manter a esperança nas coisas do Alto, se não a vida fica meio sem sentido, né?
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Péssimo sinal é quando você chega no shopping e todas as vitrines só têm roupas de outono, as piscinas públicas começam a botar cartazes de "1 semana para o fechamento" e em todo lugar só se fala de volta às aulas - e você sabe que é volta mesmo, e não que tudo só começa depois do carnaval. É o fim do verão, o fim das férias, o fim do mundo?
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Observack hoje, a caminho do jantar na casa de um casal de amigos:
- Mamãe, a gente vai pla onde?
- Pra casa da tia Isa.
- Mas não ela pla casa do tio Jerry?
- Sim filho, eles moram na mesma casa, porque eles são casados, igual o papai e a mamãe, a gente mora na mesma casa, né?
- É, mas o papai não tem aquela coisa assim no dedo ó (fazendo círculos em volta do dedo, se referindo obviamente à aliança, que o pai, alegando que é atleta e contando a história de como um dia quase perdeu o dedo porque usava a aliança durante um jogo de baskete, e a muito contragosto da mãe, não porta).

Não tenho ideia de quem foi que disse que pra ser casado tinha que ter aliança, em todo caso, fica aí a lição, viu, PAPAI do Zack???? 
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Olha o tippinho. Nunca aparece e quando vem é só pra dizer umas bobagens (como se algum dia tivesse dito outra coisa, mas enfim...). Está mais pra Twitter que pra blog isso aqui.
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Nao va embora....(diretamente do teclado que insiste em ficar gringo, a despeito dos meus esforcos contrarios)

Todo mundo falando em volta as aulas, os festivais de verao chegando ao fim e o pensamento sombrio eh que daqui uns dias, para descer aqui soh de treno:

Para andar aqui, soh com esqui:
E as bisnaguinhas vao conhecer a embalagem de inverno:

Depois de uns anos nessas bandas a gente aprende a fazer como o moco da construcao. Rolou naquela grama como se fosse a ultima, andou de bicicleta como se ouvisse musica, nadou na piscininha como se fosse a unica...e logo acaba o verao, e a gente nao pula de predio nao, mas o que tem de gente pulando no metro...

Enquanto isso, deixa eu ir la curtir meu solzinho, blogar fica pra dias de chuva.
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Chá de sumiço

Então, andei tomando esse clássico das ervas medicinais por razões que envolvem re-organização da vida pós-volta do Brasil, organização da festa de 3 anos 1 mês e uns dias de Aniversariack e fim de licença maternidade, tudo junto e não em doses homeopáticas como deveria ser.

Como sempre nessas fases de seca bloguística, tenho um punhado de posts compostos dentro da sub-divisão blogal do meu córtex, mas entre postá-los ou dormir mais cinco minutos, apertar bochechas, andar de bicicleta no parque aproveitando os últimos raios de sol desse hemisfério, fazer bolo, brigadeiro e outros quitutes, assistir os shows de verão ou organizar meu pen drive, tive que optar por todas as outras coisas, excluindo só a primeira.

Mas para que vocês, dois ou três leitores que ainda se dão ao trabalho de aparecer por aqui, fica uma fotinho da minha obra-prima (a terceira, depois de Artesanack e Esculturina)que me custou uma noite de sono, mas ah gente...vamos combinar, ficou tão simpático! E não é querendo confeti (até porque eu prefiro M&M's), mas reparem:

Créditos pro maridão que ajudou da concepção à confecção.

Se eu não estivesse com tanto sono iria até contar tudinho, mas gente...depois de 7 noites dormindo uma média de 3 horas por noite eu necessito dizer tchau. Volto logo, logo, assim que eu achar minha filha, que deve estar perdida em algum lugar entre a montanha de roupa suja, os restos de decoração de Cars espalhados, os brinquedos novos e suas respectivas caixas, laços e sacolas, os materiais que tenho que levar de volta pro hospital...tá por aí, certeza.
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Eventos e comemorações

Fim-de-semana passado fomos à Mont- Tremblant. Nossa primeira viagem à quatro. Dizem por aí que com um filho nós somos um casal com um filho, mas com dois, viramos oficialmente uma família. Bom, família feliz viaja feliz e ganha picada de mosquito feliz. Mosquiteiko, mestre de todas as picadas, como sempre foi premiada. Sem exagero, voltei com pelo menos 10 picadas. E pensar que vim do Brasil, onde todo mundo sabe, calor tropical, floresta e macacos por todos os lados, para ser alvejada por mosquitos canadenses, era só o que me faltava. Sendo assim, apesar de toda chuchuzeza (do adjetivo chuchu) da cidade, voltamos um dia mais cedo do que o planejado já que Sanguedocina ainda não pode usar repelente e levou uma picada, com direito a coágulo de sangue (sério gente, medonho! Baita mosquito assasino sangue-suga chupando o sangue da minha pequetita!) bem no meio do côco! Judieira, como diria a Cacá que trabalhava lá em casa. Apesar dos pesares, desci a montanha de carrinho de rolemã (é assim que escreve isso?) com Medrozack que a cada curva falava: "Mamãe, vamos mais devagarzinho? Se não eu fico tonto!", andamos de bondinho, de teleférico, comemos até passar mal, nadamos no mini-clube aquático, onde Veronina estreiou o biquini novo e voltamos felizes e cansados.

Conclusões importantes:

1.Sling é a melhor invenção que já fizeram. Logo depois do brigadeiro, é claro. Quem tem bebê e não tem sling compre um agora e você verá como sua vida vai mudar! Amamentar andando, ter duas mãos pra carregar menino pra cima e pra baixo, ir ao banheiro com bebê - Can we do it? Yes we can! E se for comprar, favor comprar dessa moça aqui, que é minha amiga e faz os slings mais lindos mesmo (Olha a publicidade gratuita Tati!! :-)

2.Ser família de 4 (olha a maldade!) dá uma canseira danada! Próxima viagem agendada pra semana que vem, não sem pesar. Ando achando que o melhor programa com bebê de 3 meses + menino de 3 anos é mesmo ficar em casa, com tudo organizado (cof, cof, alguém disse organizado? Por favor, não me visitem de surpresa), fraldas a mão sempre, comida certa na hora certa, todos os brinquedos que você quiser, sua caminha (Caseirack chegou no hotel e ficou falando: "Eu quero dormir na minha casinha mesmo, não gostei dessa casa diferente!")...ah, nada como a casa da gente! Mas fazer o que se o mundo é tão grande, não?

Mundo vasto mundo...nos aguarde, estamos chegando...

E bom, esse foi o evento. Primeira viagem em família. Agora a grande comemoração é 3 anos de Velhack. O tempo voa, falo mais sobre isso amanhã, que é o grande dia de "memesálio", quando ele vai "ganhar 3 anos, porque eu já ganhei 1 ano, 2 anos e agora vou ganhar 3!", de acordo com o próprio. Festa oficial vai ser em Julho pra caber na agenda da família, mas ontem teve festa na escolinha e gente...que emoção, eu fiz um bolo que ficou tão bonito, estou tão orgulhosa da minha pessoa! Ah sim, mais importante, Boleirack escolheu o sabor (chocolate, obviamente, sendo filho de quem é. Apesar de todas minhas tentativas, frustradas, de convencê-lo a fazer um de maçã, ou cenoura, ou banana...qualquer coisa que soasse mais saudável já que aqui o povo olha torto pra bolo de chocolate na escolinha, ainda que em dia de festa) e me ajudou de verdade na confecção toda. Eu sei que por aí na audiência tem um monte de boleira de mão cheia, mas pra mim, essa coisa de 'dona de casa do ano' está sendo assim meio show de calouros, sabe? Cada dia sai um número diferente e quando dá certo é só alegria. Então, estou toda pimpona com minha, digo, nossa produção, reparem:

Tasquei uns morangos e outras frutinhas do bosque pra esconder o chocolate, camuflagem perfeita, não? Passaria perfeitamente por uma porção de fruta no guia canadense de nutrição. Pensei em colocar uns brócolis também, mas achei que aí ia dar na cara...
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Sai desse corpo que não te pertence!

Quando seu bebê tem 3 meses e 6 kilos e logo, você não consegue carregá-la mais o tempo todo no sling e logo, você não tem mais aquele artefato natural de escondimento de banhas.


Quando você vai brincar no parquinho com seu filho e quer mostrar pra ele, crente que é a Nadia Comaneci, como virar cambalhota na barra de ferro, como você sempre fez a vida toda, mas não consegue porque simplesemente você não tem mais nenhum músculo que o valha na sua região abdominal.


Quando você sai só com seu filho e dentro do elevador o vizinho incoveniente querendo puxar assunto solta esse comentário inocente: "Que menino bonito! E já tem outro a caminho?!" (inocente nada! Acha que me engana com aquela cara de velhinho bonzinho, mas enfim...se é pra puxar conversa fiada que fale sobre o tempo, não?!).


Quando te convidam para um "playdate" no parque aquático e você pensa em dizer que a cicatriz da cesárea ainda não fechou, que sua religião não permite, que seu filho tem alergia a cloro, que você tem medo de micose e ainda pensa em comentar que leu um artigo sobre aumento do risco de gripe suína em frequentadores de parques aquáticos, mas na verdade você só não quer ir porque...sei lá, pode ser meio esquisito ir pra piscina de calça e blusa comprida.


Quando você vai passear no parque e enquanto sorri simpática para as passantes com filhos, no fundo você só fica olhando e pensando: Essa tá mais gorda, ufa!...Essa tá mais magra...mas o nenê é mais velho!...Essa tá enorme e só tem 1!...Essa tem 3 e barriga chapada?!Certeza que fez lipo, ou é daquelas que é magra de ruim, vai morrer seca mesmo, sem graça, aposto que queria engordar e não consegue!


Quando você se vê ameaçando seu marido pelo último pedaço de sorvete (que você já tinha comido inteiro sozinha e ele só pediu um pedacinho) ou convencendo seu filho que o bolinho "estava ruim mesmo" por isso você não esperou até que ele descesse do escorregador para lhe dar um pedacinho.


Quando tudo isso acontece...é meus amigos, é tempo de tomar vergonha na cara e começar a fazer alguma coisa. Ou mandar matar essa solitária que me manda comer desesperadamente tudo que eu vejo (e até o que não vejo pela frente). Gente, que fome!!! E não venha me dizer que só amamentar emagrece porque essa aí eu já testei. Amamentack mamou até 2 anos e eu não perdi um mísero grama. Amamentina mama tanto que toda vez engasga, está cheia de dobras, gorda e gostosa e eu...idem! Ah sim...atividade física? Parar de comer besteira? - Isso é para os fracos. Eu vou inventar a pílula mágica que todos aguardavam. Ou ressucitar Botero porque esse sim sabia das coisas!
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Sortidos

Layout:
Vocês viram só que coisa chique e sofisticada? Irmãozinho botou logo pra quebrar e em prol da democracia, fez uma paradinha que muda as fotos a cada "refresh", se você é bobo que nem eu pode ficar dando "refresh" na página só pra ver a foto mudar! Super mágico.

Encontros ciber-reais:
Estava semana retrasada no consulado brasileiro aqui em Montreal com as crias, fazendo passaporte de Documentina e de repente entra uma moça e fala pra Famozack:
- Ei, você é o Zack!
E vira pra mim:
- E você deve ser a mãe do Zack!
Eu, meio pasma e revisando rapidamente meus arquivos cerebrais para ligar a pessoa ao nome, sem nenhum sucesso (acontece comigo o tempo todo essa coisa de não ter a menor idéia de quem é uma pessoa super conhecida)olho com ar de cachorro sem dono (ou sem memória, no caso):
- Sim...e você...
- Eu sou a Karina, eu leio seu blog!
Ufa!Minha gente, que coisa essa, não? Eu sempre tenho a impressão de que as pessoas não são tão reais assim, mas são! Então tá: Oi Karina!!! Prazer, viu?

E nessa onda, conheci a Camila, essa com hora marcada pra tomar sorvete e tudo! Não só tomamos sorvete como ela e maridão ficaram andando comigo no shopping e ainda dando uma de babá nas muitas idas de Mijack ao banheiro, ou me dando um toque quando Mãolevack ia saindo da loja de doces com um doce na mão, assim, sem pagar - o bichinho foi achando que era o paraíso, gostou, pegou, levou. Adorei o encontro Camila! Empatia total, amigas de infância praticamente.

Preguiça:
Ando com uma preguiça de escrever! Perceba...preguiça meio prolixa, mas assim...pra escrever algo menos sortido e mais de fato está difícil...amanhã talvez?
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Hã?

Então...apesar de não estar levando essa história de licença maternidade 100% ao pé da letra e estar fazendo umas orientações aqui, uns recrutamentos pra pesquisa alí, eu esto me esforçando ao máximo para me manter fora do circuito da vida e dentro do circuito materno, já que, ao contrário da maioria das mães neste país, eu não vou ter 1 ano de licença, mas sim parcos 5 meses, logo, tenho que desfrutá-los ao máximo antes de voltar pra força proletária.

Estar fora do circuito inclui, marcar compromissos num dia e esquecer completamente deles no próximo, esquecer do aniversário da melhor amiga (pela segunda vez) e querer pular da ponte depois, pensar em vários posts enquanto caminha no parque mas não conseguir publicá-los quando chega em casa, distraída entre vômitos, fraldas, filhote com febre, a nova massinha com cheiro de frutas e sorrisos banguelas.

Então é isso...passei pra dar um oi, tenho um monte de coisa pra contar, mas agora realmente a cama me chama (e seu chamado não dura muito, só até Insonina chamar mais forte).