Estive pensando esses dias sobre o processo de transformações intrínsicas que ocorre quando alguém se torna mãe (sim, porque eu não tava a fim mesmo de pensar na prova de francês, no artigo que já virou lenda, na pesquisa...). O alguém no caso, sou eu, obviamente...não quero cair no risco de generalizar.
Tudo começa do óbvio fato de uma barriga crescer em você, com um serzinho dentro dela. A aquisição de incríveis muitos kilos em um espaço de tempo incrivelmente curto, e a eventual persistência de alguns deles, após a saída do ser em questão.
Então o que antes era um seio, ou dois, vira uma fonte de comida inesgotável, que magicamente faz crescer aquele que saiu da barriga, durante 6 meses, e continua sendo a comida predileta do mesmo pelos próximos 18 meses, no mínimo.
Isso é só falando da metamorfose física, mas o que mais me impressiona mesmo, é a metamorfose psíco-afetiva-emocional-sei-lá-mais-o-quê que sucede esses eventos.
Talvez pra outro post seja pertinente falar da sensibilidade aguçada, do choro em qualquer propaganda que mostre uma criança, da empatia por outras mães (mesmo que você ache que elas estão fazendo tudo errado), da decisão de não opinar na vida de ninguém, já que você sabe o quanto é chato ter que ouvir opiniões de todo mundo, enfim...essas são parte do "kit básico", mudanças meio clichê.
O que eu andei pensando, no entanto, são as mudanças de atitudes cotidianas, o que no meu caso, chega a ser espantoso. O primeiro sintoma grave foi, aos quase 9 meses de gravidez, eu passando sem exaustão todas as 4.567.473 peças de roupinhas minúsculas, coisa que eu não faço mesmo. Desde que eu não tenho mais as saudosas Carmem ou Crisomar por perto, não passar roupas pra mim é princípio de vida. Esse sintoma no entanto não passou da fase aguda, nascido o bebê, as roupas nunca mais foram passadas...ufa!
Agora, o que anda me surpreendendo mesmo é o meu encantamento com um cômodo da casa outrora renegado veemente: a cozinha. Desde que Esfomiack começou a comer sólidos, uma das minhas maiores diversões é encontrar ingredientes potencialmente papáveis (diretamente do dicionário Keiko de neologismos bebesísticos), lavar, colocar tudo na minha querida (pasmem!) panela elétrica de cozimento a vapor (um escândalo!), depois amassar ou bater, conforme a necessidade e congelar tudo em formas de gelo (técnica aprendida em um dos muitos livros de "como criar um bebê" que andei lendo). A diversão só melhora na hora de fazer a papinha em sí. Basta pegar uns 3 ou 4 cubinhos congelados, devidamente balanceados (verduras, legumes, proteínas), acrescentar água ou ceral fortificado com ferro (pra mamãe que não quer dar carne), um temperinho e pronto! O banquete está servido. Como se não fosse suficiente, ainda dá pra variar as texturas, o que potencializa o desenvolvimento dos músculos da mastigação, já que Banguelack ainda não tem dentes pra ajudar. Uma parte do prazer deve ter a ver com lembranças pueris das clássicas "mamãe e filhinho", "Kit Frit" (esse é velho...) e outras brincadeiras que nos preparam pra estes momentos. A outra parte deve ser "só" o prazer de ver sua cria crescendo forte e saudável, tudo culpa sua.
Seja o que for, ando preocupada, se continuar desse jeito, daqui a pouco vou estar arrumando a cama, ou pior, mandando Organizack arrumar, catando brinquedos espalhados pelo chão, apagando a luz, atravessando a rua na faixa, dormindo cedo e talvez até o mais grave...lembrando das coisas, não deixando nada queimar...
Disso, pra: "você não liga pra mim, eu sou sua mãe, sou mais importante do que essa aí que você conheceu outro dia", é um pulo...
É...já dizia minha mãe, essa tal de maternindade muda tudo, e isso são só os 8 primeiros meses...
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8
3
8
3
4
Frustrações linguísticas...
quinta-feira, fevereiro 22, 2007 Longe de Casa
Como só estou fazendo pesquisa, e morro de saudade de de estar com crianças (dos outros, daquelas que a gente tem que planejar para estar junto, e não está junto espontanemente), "peguei" um menininho pra dar aula de música.
Acontece que nesta cidade bilíngue, onde quem fala inglês tem sotaque ao falar francês e vice-versa, o menino tem o melhor dos dois mundos: uma mãe americana e um pai francês, logo, fala as duas línguas perfeitamente, aos 6 anos. Coisa que umas e outras, aos quase 26, sofre pra fazer.
Outro dia veio me falar, inconformado, que já sabia contar até um milhão em francês, mas em inglês só até 40, porque ele vai pra escola francesa, que não era justo...eu ia dizer que o que não era justo era eu ainda cometer mais erros do que ele poderia contar ao escrever em francês, que injusto mesmo é a fome no mundo, mas achei melhor ser solidária e concordar...é péssimo só saber contar até 40! E compartilhei minha história, que só aprendi a contar até infinito com 7 anos...e só em português, que ainda havia esperança...
Hoje, como em outros dias, veio ele me corrigir, durante um jogo de solfejo:
Eu: - Dó, Ré, Mi
Ele: - Keiko, não é "Ré", é "RRRRRé" (com um R escarrado que só franceses são capazes de fazer e com um "e"que é qualquer coisa impronunciável entre o "ê" e o "'é"), por que você está falando Ré?
Eu: - Bom, eu não consigo falar RRRRé, Olivier...
Ele: - Como pode? Não, vc consegue, olha: RRRRRRé
Eu: - Ré...
Ele: - Não...RRRRRé
e por aí foi...até que ele, inconformado, desistiu, não sem antes soltar uma:
- É, vc é estranha...
Não fosse suficiente, ainda tive que ir pro curso de Francês depois da aula e escutar a professora reiterando para todos os alunos imigrantes, tão inconformados quanto Oliver comigo, que para masculinos e femininos, acentos e terminações de palavras, assim como no nosso bom Português...não tem regra, tem que aprender...só isso? Ah claro! Por que não avisou antes? Pffft!
Daqui a pouco vai ser Poliglack me corrigindo...c'est la vie...diriam por aqui...
Semana que vem vou passar pelo exame oficial de Francês, que determina se estou apta ou não a trabalhar como TO (porque todo mundo sabe, quem não sabe falar RRRRRRé, boa pessoa não é!), por favor, seja bacana e não pergunte sobre o resultado, pra mim já é certo...
Acontece que nesta cidade bilíngue, onde quem fala inglês tem sotaque ao falar francês e vice-versa, o menino tem o melhor dos dois mundos: uma mãe americana e um pai francês, logo, fala as duas línguas perfeitamente, aos 6 anos. Coisa que umas e outras, aos quase 26, sofre pra fazer.
Outro dia veio me falar, inconformado, que já sabia contar até um milhão em francês, mas em inglês só até 40, porque ele vai pra escola francesa, que não era justo...eu ia dizer que o que não era justo era eu ainda cometer mais erros do que ele poderia contar ao escrever em francês, que injusto mesmo é a fome no mundo, mas achei melhor ser solidária e concordar...é péssimo só saber contar até 40! E compartilhei minha história, que só aprendi a contar até infinito com 7 anos...e só em português, que ainda havia esperança...
Hoje, como em outros dias, veio ele me corrigir, durante um jogo de solfejo:
Eu: - Dó, Ré, Mi
Ele: - Keiko, não é "Ré", é "RRRRRé" (com um R escarrado que só franceses são capazes de fazer e com um "e"que é qualquer coisa impronunciável entre o "ê" e o "'é"), por que você está falando Ré?
Eu: - Bom, eu não consigo falar RRRRé, Olivier...
Ele: - Como pode? Não, vc consegue, olha: RRRRRRé
Eu: - Ré...
Ele: - Não...RRRRRé
e por aí foi...até que ele, inconformado, desistiu, não sem antes soltar uma:
- É, vc é estranha...
Não fosse suficiente, ainda tive que ir pro curso de Francês depois da aula e escutar a professora reiterando para todos os alunos imigrantes, tão inconformados quanto Oliver comigo, que para masculinos e femininos, acentos e terminações de palavras, assim como no nosso bom Português...não tem regra, tem que aprender...só isso? Ah claro! Por que não avisou antes? Pffft!
Daqui a pouco vai ser Poliglack me corrigindo...c'est la vie...diriam por aqui...
Semana que vem vou passar pelo exame oficial de Francês, que determina se estou apta ou não a trabalhar como TO (porque todo mundo sabe, quem não sabe falar RRRRRRé, boa pessoa não é!), por favor, seja bacana e não pergunte sobre o resultado, pra mim já é certo...
Sartre e as Fraldas
terça-feira, fevereiro 13, 2007 Inutilidades
Estávamos outro dia compondo uma música via Skype, de um lado eu e Princhuco, do outro meus 2 irmãos, quando, inspirado pelo sobrinho distante, meu irmãozinho mais novo (em seus inspirados 18 anos) solta esta pérola de estrofe, que publico aqui para que não caia no esquecimento...
"O zack da risada,
da sua fralda cagada.
Devíamos ser como bebês,
estar na merda e nem perceber,
seguir em frente e viver!"
Não é profundo?
Eu tenho um filósofo na família e nunca me dei conta...
Ah sim, vale dizer que este não era o tema da música, caso alguém desconfie da nossa falta do que fazer...
"O zack da risada,
da sua fralda cagada.
Devíamos ser como bebês,
estar na merda e nem perceber,
seguir em frente e viver!"
Não é profundo?
Eu tenho um filósofo na família e nunca me dei conta...
Ah sim, vale dizer que este não era o tema da música, caso alguém desconfie da nossa falta do que fazer...
Todo mundo de fora!
domingo, fevereiro 11, 2007 Inverno, Longe de Casa
Este foi o tema da "Festa de Neve" deste ano, um evento promovido em um grande parque da cidade todo mês de fevereiro, quando ninguém mais aguenta tanto frio e precisa desesperadamente de uma razão pra não ficar trancafiado em casa morrendo de depressão e se entupindo de chocolate quente. A música-tema enfatiza: "Vamos sair pra celebrar o inverno", certo, então vamos...
O termômotro indicava calor quando saimos de casa: -7, ideal (perto dos -20 e tantos que rolaram essa semana). Todos devidamente encapotados com várias camadas (1- calça e blusa justa / 2- calça e blusa de moleton / 3- calça e jaqueta de inverno/ 4- acessórios: cachecol, gorro, meias, luva e bota / 5- no bolso: manteiga de cacau e lencinhos pra limpar o nariz que não para de escorrer quando se está dentro da geladeira, tente em casa...), de Agasalhack só se via o olho cheio de fubá restante do almoço. Meios de transporte em mãos para o dia: trenó, carrinho, canguru - tudo dentro da van, e festa!
Estava me sentindo uma mãe meio desajuizada saindo pra brincar no parque nesse frio com um bebezinho de 7 meses. A consciência ficou leve quando ví vários, digo vários, vários mesmo, bebezinhos bem menores do que Congelack felizes da vida com suas famílias, em seus trenozinhos, embaixo de todas as camadas de roupas que não os deixam mexer os braços, nem as pernas...
Parece impensável se divertir sob tais condições mas a verdade é que foi muito, muito divertido. Na ordem do dia: escorregar em um tobogã de gelo (de frente, de costas, de barriga), andar de carrinho em uma mini cidade congelada, andar de trenó arrastados (mamãe e bebê) pelo papai, tirar fotos com personagens da festa e nas esculturas de gelo, ver vários cachorros (Observack adora observar cachorros), inclusive alguns que puxavam trenós (daqueles de filme mesmo), os pobrezinhos. Também assistimos ao show de encerramento, com um grupo divertidíssimo de músicas infantis, "Les petites tounes" (Os Tonzinhos, ou qualquer coisa do tipo. Estilo o nosso "Palavra Cantada" música de qualidade e divertida) e terminamos tudo com leitinho quentinho, pra todos.
Divagando em meus pensamentos de socióloga (que não sou, nota-se pela profundidade dos pensamentos) me diverti (deu pra ver que realmente eu me diverti, não consigo achar um sinônimo à altura) constatando alguns aspectos culturais do evento. O tal do grupo musical tem uma música que é o grande "hit" do grupo e todo mundo canta junto, a música fala sobre as aventuras que ocorrem no subsolo (Onde é que a gente se diverte sem adultos por perto? No subsolo, no subsolo. Onde é que a gente come sobremesa no sofá? No subsolo, no subsolo e por aí vai...), interessante porque as pessoas de fato tem um subsolo por aqui, coisa que não temos por aí, onde a música certamente não faria muito sentido. Além disso, obviamente em terras mais tropicais ao menor sinal de frio, criança não brinca na rua, enquanto aqui a ordem é todo mundo pra fora, e feliz.
E vamos aprendendo...
O termômotro indicava calor quando saimos de casa: -7, ideal (perto dos -20 e tantos que rolaram essa semana). Todos devidamente encapotados com várias camadas (1- calça e blusa justa / 2- calça e blusa de moleton / 3- calça e jaqueta de inverno/ 4- acessórios: cachecol, gorro, meias, luva e bota / 5- no bolso: manteiga de cacau e lencinhos pra limpar o nariz que não para de escorrer quando se está dentro da geladeira, tente em casa...), de Agasalhack só se via o olho cheio de fubá restante do almoço. Meios de transporte em mãos para o dia: trenó, carrinho, canguru - tudo dentro da van, e festa!
Estava me sentindo uma mãe meio desajuizada saindo pra brincar no parque nesse frio com um bebezinho de 7 meses. A consciência ficou leve quando ví vários, digo vários, vários mesmo, bebezinhos bem menores do que Congelack felizes da vida com suas famílias, em seus trenozinhos, embaixo de todas as camadas de roupas que não os deixam mexer os braços, nem as pernas...
Parece impensável se divertir sob tais condições mas a verdade é que foi muito, muito divertido. Na ordem do dia: escorregar em um tobogã de gelo (de frente, de costas, de barriga), andar de carrinho em uma mini cidade congelada, andar de trenó arrastados (mamãe e bebê) pelo papai, tirar fotos com personagens da festa e nas esculturas de gelo, ver vários cachorros (Observack adora observar cachorros), inclusive alguns que puxavam trenós (daqueles de filme mesmo), os pobrezinhos. Também assistimos ao show de encerramento, com um grupo divertidíssimo de músicas infantis, "Les petites tounes" (Os Tonzinhos, ou qualquer coisa do tipo. Estilo o nosso "Palavra Cantada" música de qualidade e divertida) e terminamos tudo com leitinho quentinho, pra todos.
Divagando em meus pensamentos de socióloga (que não sou, nota-se pela profundidade dos pensamentos) me diverti (deu pra ver que realmente eu me diverti, não consigo achar um sinônimo à altura) constatando alguns aspectos culturais do evento. O tal do grupo musical tem uma música que é o grande "hit" do grupo e todo mundo canta junto, a música fala sobre as aventuras que ocorrem no subsolo (Onde é que a gente se diverte sem adultos por perto? No subsolo, no subsolo. Onde é que a gente come sobremesa no sofá? No subsolo, no subsolo e por aí vai...), interessante porque as pessoas de fato tem um subsolo por aqui, coisa que não temos por aí, onde a música certamente não faria muito sentido. Além disso, obviamente em terras mais tropicais ao menor sinal de frio, criança não brinca na rua, enquanto aqui a ordem é todo mundo pra fora, e feliz.
E vamos aprendendo...
Profissões
terça-feira, fevereiro 06, 2007 Coisas de Mãe
Desenvolvimentack está mesmo um sucesso...bate palma e dança para acompanhar música, dá tchau (quando quer), fica sentado sozinho e come de tudo sem ajuda (gerando um certo caos, mas come). Bastou começar a mostrar sinais de independência para se pensar na profissão do menino.
Dado sua atração fatal por qualquer objeto que emita imagens em movimento (também conhecido como televisão, mas isso não é apropriado para um bebezinho, todos sabem), os amigos começaram a apostar na sua carreira televisiva, começando pelo glamour de ator até chegar ao técnico que conserta tvs, o que automaticamente já o colocou na categoria dos desempregados, já que um amigo bem lembrou, a profissão tende a ficar obsoleta em breve, já que tudo hoje em dia é descartável...
Sendo assim, a mamãe já pensou mais alto e apostou na carreira de oftalmologista. Se ele agarrar a carreira com tanta vontade quanto agarra os óculos de quem quer que seja, o futuro está garantido.
Caso o menino não queira passar a vida estudando pra ser médico e opte por "levar a vida na flauta" como músico (sem preconceitos, que fique claro), a carreira de percusionista será um sucesso já que tudo o que ele pega (inclusive os óculos) é objeto de análise de timbre, bate um contra o outro, contra a mesa, contra o chão (não só para analisar o timbre como também para calcular quanto tempo a mamãe-gandula vai demorar para buscar o tal objeto)...ouvido aguçado e atento.
Finalizando o teste vocacional, que como todo bom teste vocacional sempre resulta em um perfil bem preciso que mostra sua vocação para qualquer profissão que passe pela astronomia até a marcenaria, a última opção para Profissionalack é ser chef de cozinha ou "degustador" já que tudo que não faz barulho é comida, e da boa.
Agora, se nada disso der certo, esta semana ele anda passando por um estágio de Vigia Noturno, dos bons, daqueles que dormem umas 2 horinhas...depois acordam para ver se está tudo certo, fazem um barulinho pra espantar o ladrão (ou acordar a mamãe) e voltam a dormir. Com sorte, sendo vigia ele pode até fazer uma batucadinha enquanto espera o tempo passar, fazer uma boquinha enquanto assiste televisão, o que o fará precisar de óculos, tornando a profissão realmente completa!
E tem mãe que ainda quer que o filho seja médico ou advogado...
Dado sua atração fatal por qualquer objeto que emita imagens em movimento (também conhecido como televisão, mas isso não é apropriado para um bebezinho, todos sabem), os amigos começaram a apostar na sua carreira televisiva, começando pelo glamour de ator até chegar ao técnico que conserta tvs, o que automaticamente já o colocou na categoria dos desempregados, já que um amigo bem lembrou, a profissão tende a ficar obsoleta em breve, já que tudo hoje em dia é descartável...
Sendo assim, a mamãe já pensou mais alto e apostou na carreira de oftalmologista. Se ele agarrar a carreira com tanta vontade quanto agarra os óculos de quem quer que seja, o futuro está garantido.
Caso o menino não queira passar a vida estudando pra ser médico e opte por "levar a vida na flauta" como músico (sem preconceitos, que fique claro), a carreira de percusionista será um sucesso já que tudo o que ele pega (inclusive os óculos) é objeto de análise de timbre, bate um contra o outro, contra a mesa, contra o chão (não só para analisar o timbre como também para calcular quanto tempo a mamãe-gandula vai demorar para buscar o tal objeto)...ouvido aguçado e atento.
Finalizando o teste vocacional, que como todo bom teste vocacional sempre resulta em um perfil bem preciso que mostra sua vocação para qualquer profissão que passe pela astronomia até a marcenaria, a última opção para Profissionalack é ser chef de cozinha ou "degustador" já que tudo que não faz barulho é comida, e da boa.
Agora, se nada disso der certo, esta semana ele anda passando por um estágio de Vigia Noturno, dos bons, daqueles que dormem umas 2 horinhas...depois acordam para ver se está tudo certo, fazem um barulinho pra espantar o ladrão (ou acordar a mamãe) e voltam a dormir. Com sorte, sendo vigia ele pode até fazer uma batucadinha enquanto espera o tempo passar, fazer uma boquinha enquanto assiste televisão, o que o fará precisar de óculos, tornando a profissão realmente completa!
E tem mãe que ainda quer que o filho seja médico ou advogado...
Mãos ao Alto!
segunda-feira, fevereiro 05, 2007 Inverno, Longe de Casa
E dizem que país de primeiro mundo não tem violência...
Bom, violência até não tem, de fato, agora roubo...ou eu estou na fatia pequena das estatísticas ou realmente existe uma conspiração cósmica rolando por aí a favor da minha vida sedentária.
Vejam só...
* Verão de 2005 - recém chegada, decidi aproveitar os vários kilômetros de ciclovia aqui de Montreal, comprei uma bicicleta. Fui para a faculdade 2 vezes pedalando, feliz, suada, morrendo, mas feliz - a bicicleta foi roubada atrás do meu prédio, para o escândalo da vizinhança e demais que não julgavam ser possível.
* Inverno de 2007 - decidida a encarar o inverno, comprei um ski semi-novo, grande investimento comparado ao restante do meu equipamento que fora o ski, somava uns $15. Esquiei 2 dias com o mesmo, caindo, gritando, mas novamente...feliz. Até que o maridão, responsável por carregar todos os apetrechos fora o bebê, esqueceu o bendito ski na estação. E o mesmo nunca mais foi encontrado...de certa forma fiquei feliz, afinal de contas, pelo menos não foi o bebê.
Agora pense bem...eu saio do Capão Redondo, um dos bairros com menor IDH e maior índice de violência do mundo, pra ter meu "equipamento esportivo" roubado aqui...ironia...acho que o negócio é arranjar algum esporte que não necessite de equipamento, ou ficar em casa tomando um chocolate quente...é, vou ficar com a segunda opção.
Bom, violência até não tem, de fato, agora roubo...ou eu estou na fatia pequena das estatísticas ou realmente existe uma conspiração cósmica rolando por aí a favor da minha vida sedentária.
Vejam só...
* Verão de 2005 - recém chegada, decidi aproveitar os vários kilômetros de ciclovia aqui de Montreal, comprei uma bicicleta. Fui para a faculdade 2 vezes pedalando, feliz, suada, morrendo, mas feliz - a bicicleta foi roubada atrás do meu prédio, para o escândalo da vizinhança e demais que não julgavam ser possível.
* Inverno de 2007 - decidida a encarar o inverno, comprei um ski semi-novo, grande investimento comparado ao restante do meu equipamento que fora o ski, somava uns $15. Esquiei 2 dias com o mesmo, caindo, gritando, mas novamente...feliz. Até que o maridão, responsável por carregar todos os apetrechos fora o bebê, esqueceu o bendito ski na estação. E o mesmo nunca mais foi encontrado...de certa forma fiquei feliz, afinal de contas, pelo menos não foi o bebê.
Agora pense bem...eu saio do Capão Redondo, um dos bairros com menor IDH e maior índice de violência do mundo, pra ter meu "equipamento esportivo" roubado aqui...ironia...acho que o negócio é arranjar algum esporte que não necessite de equipamento, ou ficar em casa tomando um chocolate quente...é, vou ficar com a segunda opção.
Curtas
quinta-feira, fevereiro 01, 2007 Inverno, Vida louca
Chegamos novamente do ski e estamos fazendo progresso.
Hoje tive uma aula particular e veja só...nenhum tombo, o professor ficou orgulhos de mim, até merecia uma estrelinha pra colar no ski...se acaso houvesse uma, e eu tivesse 5, não 25 anos.
*****
Finalmente, hoje e ontem foram dias super produtivos, deu pra recuperar o catastrófico antes-de-ontem e talvez até continuar nessa de estudar.
*****
Com tantos itens na mala do Kit de Sobrevivência, agora estou com vontade de tomar Mupy (aquele leitinho de soja de vários sabores que vem num saquinho e você tem que furar o saquinho com o canudinho, e eventualmente você fura os dois lados e faz a maior bagunça...)
e não tenho nenhum, droga! O jeito é comer uma passatempo recheada. E a dieta vai bem, obrigada.
Hoje tive uma aula particular e veja só...nenhum tombo, o professor ficou orgulhos de mim, até merecia uma estrelinha pra colar no ski...se acaso houvesse uma, e eu tivesse 5, não 25 anos.
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Finalmente, hoje e ontem foram dias super produtivos, deu pra recuperar o catastrófico antes-de-ontem e talvez até continuar nessa de estudar.
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Com tantos itens na mala do Kit de Sobrevivência, agora estou com vontade de tomar Mupy (aquele leitinho de soja de vários sabores que vem num saquinho e você tem que furar o saquinho com o canudinho, e eventualmente você fura os dois lados e faz a maior bagunça...)
e não tenho nenhum, droga! O jeito é comer uma passatempo recheada. E a dieta vai bem, obrigada.
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