Torre de Babel
sexta-feira, fevereiro 06, 2009 Diariamente, InutilidadesMeu leitor e amigo Thiago no post anterior me falou alguma coisa que tinha a ver com Feed RSS, sei lá. Está aí uma linguagem que eu não entendo é essa parada de informática. Já acho o cúmulo do avanço tecnológico uma pessoa como eu ter um blog, e conseguir postar, tipo, UAU! Como eu sou avançada! Agora não exagere, essa coisa de mudar de layout, Feed, sei lá mais o que...bom, meu irmãozinho vai dar conta disso pra mim enventualmente, mas eu mesmo, não falo essa língua não.
Sei que cada profissão tem seus jargões. Existe agora uma tendência a desmistificar a linguagem científica por exemplo, pra fazer o conehcimento mais acessível. Mas enquanto isso não acontece, fica uma certa lacuna entre o que algumas pessoas dizem e o que outras entendem, como essa mensagem que minha cunhada recebeu. Ela está processando um inquilino que não paga aluguel há meses. Daí recebeu do tribunal essa mensagem aí:
O arresto via BACENJUD não encontra esteio na legislação vigente. No mais, a citação editalícia se mostra inoportuna, tendo em conta o exequente não ter esgotado os meios acessíveis para localização da ré.
Isto posto, indefiro as medidas pleiteadas, requeira o autor, no prazo de 30 (trinta) dias, o que entender cabível.Brasília - DF, quarta-feira, 04/02/2009 às 17h51.
Não sei o que Camões entederia cabível nesse caso. Pra mim soou algo como: '" Comprei um carro e não achei a marcha ré?" Ou "Alguém citou alguma coisa num edital e o cara não curtiu, logo, deu pra trás". Ficamos algum tempo refletindo na mensagem sem conclusão alguma. Entendemos como cabível então, ignorar a mensagem, ou pedir ajuda dos universitários (mas tem que ser universitário de direito).
E assim, a torre de Babel continua inacabada.
Enquanto o tempo não vem...
quinta-feira, março 27, 2008 Do freezer, InutilidadesIngredientes
sexta-feira, janeiro 18, 2008 Fugindo do SPA, InutilidadesQual é o ingrediente mais usado em sobremesas?
tic, tac, tic, tac (tempo para processar)
Se respondeu "leite condensado", ou até "leite Moça", parabéns, você é normal, assim, do mundo certo. Agora, se respondeu "amêndoas" ou qualquer coisa que termine com "berry", pode internar...você vive do lado errado do mundo, meu filho, mas já que está por aqui...
No começo eu achava estranho ver as latinhas de leite condensado de uma marca só (e não era Leite Moça) tão perdidas, tão sem atenção em um cantinho mísero das prateleiras do supermercado. Depois eu me surpreendí ao dar a "complexa receita" de brigadeiro para uma ginga qualquer e a mesma não ter idéia do que se tratava o tal leite condensado, exigindo de mim uma explicação detalhada do tal ingrediente misterioso.
No entanto, quando a falta de tempo foi progressivamente extingüindo a minha já limitada vocação de de mestre-cuca-de-sobremesas (porque pra pratos salgados eu nunca tive vocação alguma mesmo), e já que eu não tenho mais uma "Amor aos Pedaços" na esquina de casa como tinha em Sampa, tive que começar a explorar o terreno das sobremesas gringas.
No início da jornada foi só decepção, não achava nada bom mesmo, a não ser sorvete Ben & Jerry's, mas os sorvetes também pertencem a um departamento só deles, não contam como sobremesa. Gordinho que se preze sabe que sorvete é sorvete, sobremesa é sobremesa. É como brigadeiro, que apesar de ser "Leite Condensado" na sua melhor forma, não conta como sobremesa. Conta como cura-TPM, cura-fim-de-namoro, cura-briga-com-chefe, cura-saudade-do-Brasil, mas sobremesa não é. Enfim, foi só depois de convencer todos os meus 2 ou 3 amigos gringos de que sobremesa que se preze tem leite condesado que eu comecei a reconsiderar o fato...
Lembrei de uns croissants de amêndoas - mas croissant não é sobremesa, obviamente...Mas aos poucos fui descobrindo umas tortinhas, uns trenzinho bãm (como diria minha vó mineirinha)...E foi assim que meu mundo se dividiu, entre sobremesas com leite condensado , as quais eu tinha como únicas realmente boas, e as outras com amêndoas e blueberry, amêndoas e cranberry, amêndoas e strawberry - mas aí era só Morango e não ficou tão chique - quadrados de amêndoas com raspberry e por ai vai...Sobremesas que surpreendentemente, apesar da sua incurável falta de leite condensado, são incrivelmete boas, não só boas, como viciantes. Como eu sou do tipo que se deleita até com cubinho de açúcar (daqueles de colocar no chá), não é de se estranhar a minha alegria em explorar um novo mundo de sobremesas e fazer questão de degustar cada uma delas que ouse cruzar meu caminho.
Por favor não me entendam mal, não quero com isso dizer que o leite condensado é mal elemento, afinal de contas, a vida é tão bela quando se tem uma lata de leite condensado por perto (parodiazinha barata do Rei RC * ). Mas se pudesse dar um conselho, caros leitores, diria: Abram seu coração, e suas papilas gustativas para as sobremesas de amêndoas, elas merecem. É claro que só digo isso porque tenho em mãos um "carré aux amandes"que se não soasse chique por ser em francês seria só um "quadrado de amêndoas", mas jamais diria o mesmo se tivesse um pote de mousse de maracujá ou um pudim de leite condensado.
Viu só, quando você pensa que leitura de blogs é tempo gasto inutilmente, você vem aqui, lê um post desses e descobre que realmente, precisa procurar um outro hobby...
* E antes que eu destrua a pouca reputação que me resta, não, eu não sou fã do Roberto Carlos, mas para meu desgosto, vez ou outra eu acabo descobrindo que umas letras bem simpáticas como esta, vieram deste ser que usava uma pena na cabeça. Geralmente quem me faz descobrir isso é o maridão que não contente em ensinar Funk pro filho, ainda tem uma dupla sertaneja e toca insistentemente TODAS as músicas do Rei no violão - pra provar que o amor tudo suporta...
Sintonizando
domingo, janeiro 06, 2008 Do freezer, Inutilidades, Inverno, Vida loucaJá voltei mostrando à 2008 a que vim. Mal cheguei e já fui esquiar, sim, porque 2008 será um ano atlético.
Em seguida, passei o dia fazendo faxina, aquele espírito da mulher de verdade, moletom largo, cabelo preso com piranha, espanador na mão (ok, sem espanador na mão, mas só porque eu não tenho um, aliás, sempre quis ter, acho espanador assim, tão cara de faxina) e um ímpeto raro de jogar tudo fora, metade da casa tá no lixo, pelo menos até Princhuco voltar e recuperar metade dos ítems da lixeira. Sim, porque 2008 será um ano organizado.
O próximo ítem na lista era ler uns textos e me preparar pra aula de amanhã, porque 2008 seria um ano de mais estudo com antecedência e menos tempo de blog, mas aí não aguentei e me deu uma vontade de escrever só um pouquinho, ler só um poucão, largar aquele balde no meio da casa comer um pacote de Calipso. Sim, porque 2008 será um ano igualzinho 2007 - e que assim seja porque cá entre nós, chega um momento na vida que você percebe que já que é pra fazer resoluções e não cumprí-las, é melhor não fazer nenhuma. Só não me sinto tão mal porque até o Drummond era dos meus: "A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca" (e pra bom preguiçoso meia citação basta). E se o moço fez tanta beleza com a a disposição fraca, de repente até sobra uns versos da minha falta de disposição também. Pois é, esse ano vai sendo como for.
E la se vai mais um...
segunda-feira, dezembro 31, 2007 Do botequim, InutilidadesAinda nao cansei de fazer nada, minha programacao genetica tem uma combinacao recessiva de resistencia a produtividade e ao excesso de acucar, mesmo assim, vim aqui soh pra desejar um Feliz Ano Novo, com metas que eventualmente se concretizem antes de 2009 - ou nao, com agenda nova soh pra anotar aniversarios e compromissos de lazer, com sorrisos de bebe e beijinhos matinais todos os dias, com cheirinho de pizza no forno ou de terra molhada depois da chuva, com sol que derreta a neve, com prato preferido na mesa, com tempo livre pra fazer nada -ou tudo, com casa que fique limpa sozinha, com roupa quentinha recem passada por alguem que nao seja voce, com familia que nao saiba porque esta rindo mas ria mesmo assim - e que chore quando preciso for, com dinheiro que voce nao esperava naquele bolso que voce nem lembrava, com pelo menos um novo lugar, cheiro ou gosto, com aquela musica que voce nao ouvia ha seculos tocando no radio no meio do transito, com elogios ouvidos sem querer, com frio na barriga, seja de montanha russa, de primeiro beijo ou de defesa de tese, com jogos de tabuleiro e outras coisas que lembrem que mesmo sendo grande eh preciso ser pequeno. Isso e mais o elementar como amor, saude e paz na terra...mas isso tudo vem de troco quando a gente eh feliz aos poucos.
Pra todo mundo por ai nesse mundo, ligados sem sapatos, olhando pra uma tela bem agora, um 2008 com muita felicidade aos poucos e com a mao de Deus lembrando que todas as pequenas felicidades dessa terra nao sao nada comparadas a felicidade que Ele ainda tem reservada pra gente.
E a piadinha batida que nao que calar: Ateh ano que vem!
Grog
terça-feira, dezembro 18, 2007 InutilidadesSaímos pra assistir filme, mas só tinha coisa de menino. Monstros, bichos, último sobrevivente - caímos fora - em plena saída de meninas, em plena véspera de natal e nada de amores que não dão certo até chegar o fim, príncepes no cavalo branco, lágrimas no meio e final feliz com musiquinha natalina de fundo - um desaforo.
A solução foi experimentar uns sapatos e não comprar nenhum, jantar num café simpático, jogar conversa fora, falar mal da vida alheia...só faltou mesmo comentar sobre a última edição de CARAS...mas não tínhamos nenhuma em mãos.
Queria arrastar todo mundo pra minha casa enquanto aguardávamos os maridos atletas, só pra dar boa noite pra Saudosack (que eu tinha visto pela última vez há longas 2 horas), mas a amiga sábia me lembrou que com sorte, eu ainda vou dar boa noite pra ele nos próximos 20 anos pelo menos. Argumento vitorioso, fomos pra casa da outra e ficamos assistindo House, sofrendo com a menininha que no final das contas só estava doente porque o pai estava querendo aumentar suas funções masculinas pra conquistar a professorinha da creche, por assim dizer. Princhuco liga só pra dizer que ama. Tudo perfeito.
Até que depois de umas conversas meio filosóficas cheguei em casa numa tristeza...Dorminhack dormindo só meu deu mais tristeza, quase acordei pra cantar "Old McDonald has a farm" - só pra ouví-lo responder: "Ia, Ia Iô". Mas em um surto de sabedoria passei a ler todos os blogs da minha lista, porque bem se sabe, nenhuma TPM vence a leitura exaustiva de blogs até você não aguentar mais e dormir segurando o mouse. Resolvi finalizar a leitura com um post terapêutico, e foi aí que eu saquei...é esse clima de natal, essa neve que não para de cair e meus hormônios dizendo: "Compre batom", não, não na verdade eles dizem: "Vá dormir minha filha, chega de baboseira". Então é isso, esse fim desconexo vem com a mensagem: "Não deixe uma conversa triste arruinar seu dia perfeito, ele pode ser seu último". Gente do céu...tá dando tilt, ok, esquece tudo, o dia foi bom e depois que eu dormir e recobrar minha lucidez eu venho aqui deletar esse post sem sentido.
Ah sim, só importante dizer que não, eu não bebi, é só sono mesmo, fim de semestre, ansiedade de rever mamãe e irmãozinhos em uma semana e a vaga lembrança de que quando comecei a escrever este post ele tinha um fim que fazia sentido, mas realmente eu não lembro qual era.
Excesso
domingo, dezembro 16, 2007 Do botequim, InutilidadesTambém sou do tipo que lê todos os anúncios de publicidade no metrô, que fica com raiva quando alguém para bem na frente daquela propaganda que você está lendo, pô, tanto lugar par parar e o cidadão estaciona alí, na frente da minha propaganda. Isso, é claro, além de ter lido a série vaga-lume inteira. A regra de ouro é, não há tempo a perder, mantenha-se informada, seja a informação útil ou não. Por essas e outras que estou ficando cada vez mais míope. Cega, mas bem informada.
Mas nem só de informações inúteis vive a Keiko. Chega uma época na vida que você é obrigada a passar para um nível mais útil...é matéria de faculdade, livros de gravidez, educação, nutrição, e ão, ão, ão que não acaba mais. Pra piorar, tenho acesso às bases de dados de todas as publicações de saúde, aí é uma triteza. Entro lá pra minha pesquisa, começo com "Paralisia Cerebral", "Determinantes", e quando me dou conta já estou pesquisando "Disciplina", "Educação", "Desenvolvimento Cognitivo" e imprimo pilhas e pillhas de artigos que vão sendo lidos na calçada enquanto ando, na academia (isso é, quando eu apareço por lá - Sandra, acho que é por isso que eu não faço amigos, estou sempre lendo).
Já é velha a notícia de que hoje temos acesso à informação como nunca. Fico pensando que pra conseguir um artigo que hoje consigo em um clic, na faculdade podia demorar até meses. Fico pensando que há algum tempo as caixas de sucrilhos nem tinham tabela nutricional e eu jamais iria saber que o prato cheio que como nem é tão light quando parece e eu só deveria comer 1/3 de xícara. Não que eu deixe de comer a xícara inteira, mas nada como uma decisão bem informada. Você engorda sabendo com o quê. Como eu acredito piamente que informação é poder, não acho ruim não, mas acho que a coisa está ficando meio exagerada.
Não basta aquela vaga sensação de que você não pode ser boa em nada se não tiver lido tudo que existe no mundo sobre o assunto. Do último artigo na Science até a notinha de rodapé do jornal, do pop up do site até o spam do cara da África que quer fazer um depósito milionário na sua conta. Agora outro dia me enfezei. Entrei na farmácia pra comprar um shampoo e saí tonta. Comecei a ler as embalagens : Cabelos longos com frizz e volume. Cabelos médios com a raiz oleosa e as pontas secas. Cabelos que tem mais volume de manhã e menos a noite. Cabelos enrolados com ondas médias. Cabelos curtos que armam e fazem pirueta. Fala sério?! Fiquei frustrada, percebi que o que eu queria era mesmo um absurdo...onde já se viu, em pleno século XXI querer shampoo pra cabelos Normais. Isso sem falar na coleção de condicionadores pra combinar com os shampoos. Bons tempos os do shampoo Seda cabelos Normais, Oleosos ou Secos e do Condicionador Neutrox pra todos os tipos de cabelo e ponto final. Saí da farmácia meio contrariada com um shampoo pra "Cabelos escuros que precisam realçar o brilho natural" e um outro para "Obter cabelos 75% mais macios em 3 lavagens", de repente no meio disso meu cabelo fica normal.
Só de raiva decidí, nunca mais leio caixa de sucrilhos no café da manhã.
Males necessários e bens inesperados
sexta-feira, novembro 30, 2007 C'est la vie..., Inutilidades, Longe de CasaE por falar em dinheiro gasto com coisas odiosas, essa semana fui também ao dentista. No Brasil te roubam no semáforo com caco de vidro (eu mesma já fui roubada umas 3 vezes assim), aqui te roubam no consultório dentário com um uma broca (sei lá eu como chama aquilo). Entre ser furada com um caco de vidro ou ficar duas horas com aquela maledita maquininha fazendo zzzzzzzzzzzz e pegando a raiz do seu dente, sei não...Sem contar que nos assaltos lá em Sampa só me levaram uns "10 real" cada vez. Teve até uma vez que o mocinho meliante disse "obrigado tia". Por aqui os males do corpo são curados "de grátis", já os do dente...você paga e paga caro que é pra lembrar bem a cada vez que ficar com preguiça de passar fio dental. E ninguém me agradeceu pelos vários dólares deixados pra trás.
Pois é, acabei a semana mais pobre, com mais dor e tudo estaria perdido não fosse eu receber uma caixa vinda de Los Angeles, de uma amiga que vive mandando roupinhas pro Zack, presentinhos, aquele tipo de pessoa que você não entende como pode pensar tanto nos outros e ser tão querida. Enfim, na etiqueta identificando o que tinha dentro vinha escrito: "Baby shoes" e eu já estava feliz, mas quando eu abri descobri que os "baby shoes" eram na verdade 2 GOIABAS !! Me fale de alegria... Me fale da sorte que é ter uma amiga do outro lado do outro país que do nada resolve te mandar duas goiabas?
Então fiquei pensando...nada é tão ruim assim, enquanto houverem amigos e goiabas, ainda há esperança, mesmo fazendo ginástica e obturação.
PS - Pra quem não sabe, goiaba é uma das minhas frutas preferidas, se não era, ficou sendo depois que vim pra cá.
PS2 - Nesse país as raras goiabas que se encontram vêm do Brasil, custam $3 em média (cada) e não tem gosto de absolutamente nada. Já as da minha amiga, são plantadas no quintal da casa de alguém que trouxe uma muda clandestina do Brasil e sendo L.A. e não esse freezer onde moro, a goiabeira cresceu feliz e dá frutos docinhos e suculentos como os originais "made in Brasil".
PS3- Alguém por favor conhece outro alguém com uma Jabuticabeira clandestina no quintal? Porque essa semana eu me desesperei ao chegar a conclusão que talvez nunca mais eu coma Jabuticaba na vida! (Nunca é época quando eu vou pro Brasil!)
Razões
quarta-feira, novembro 14, 2007 Inutilidades1. Acostumei tanto a dormir as 3:00 que 1:00 parece cedo demais, deve ter alguma coisa a mais pra fazer (a pilha de louça suja na pia e a aula que eu tenho que dar amanhã mas não quero preparar não contam)
2. Se eu for dormir não vou ter desculpa pra comer a última passatempo recheada (a desculpa sendo: se eu tenho que trabalhar até tão tarde então mereço comer. Freud explica)
3. Finalmente atinei pro fato que de repente, existe uma versão online da "Nova Brasil FM", minha companheira de trânsito em São Paulo. E descobri que obviamente, existe. Agora quero ficar ouvindo...
4. Minha cama está grande demais. Vou ter que arranjar uma cama de solteiro pra quando Princhuco estiver no Brasil. Tem coisa pior do que todo aquele espaço e nenhuma perna pra enroscar o pé gelado?
5. Virusack está com Crechite (e qual é a novidade?) e fica tossindo e acordando a cada 1 hora, chorando. Volta a dormir, exceto as 2:00, quando ele acorda e não consegue mais dormir,a pobre criança. Então pra que eu vou dormir à 1:00 se tenho que acordar as 2:00?
6. Ainda não lí todos os blogs que existem no mundo, só a metade deles. E todo mundo sabe que ninguém deve ir dormir sem antes ter lido todos os blogs do mundo.
ok, boa noite!
Papirus
terça-feira, novembro 13, 2007 Do botequim, InutilidadesDepois foi ficando com cara mais séria, afinal, quem ia dar moral para uma terapeuta que tirasse uma agenda dos Ursinhos Carinhosos para anotar um compromisso. Chegamos ao nível "agenda de couro", mas ela ainda tinha seu charme. Saquinho para guardar coisinhas, clipes coloridos em uma página e é claro, a sempre presente possibilidade de usar canetas coloridas, colocar uns stickers escondidos (inclusive alguns "economizados" há anos, muitos anos de outras agendas e outros carnavais) aqui e lá, enfim, ainda havia esperança.
Desde o ano passado troquei minha agenda de papel por um Palm, doado pelo sócio do marido que não conseguiu se adaptar a tecnologia e voltou ao papel. No começo achei chique, pensei que agora sim, tinha virado gente grande. Um ano passado e eu estou entrando em depressão. Até colei uns adesivinhos atrás do negócio, mas vamos combinar, ficou ridículo, tive que tirar.
Outro dia em uma reunião vi uma colega terapeuta grifando com canetas marcadoras de 2 cores diferentes 2 reuniões futuras que estávamos agendando e fiquei morrendo de inveja. Eu lá, com aquela canetinha sem graça que nem cor tem, anotando no meu Palm, bargh! Não vou dizer que ele é de todo ruim, me economiza por exemplo repassar os telefones e datas de aniversário de uma agenda pra outra, está tudo lá. Mas existem outras questões altamente existenciais envolvidas, como, e se eu não quiser mais saber o aniversário daquela pessoa no ano seguinte? E que desculpa eu posso dar se não ligar pra alguém? ("Perdi o papelzinho onde anotei seu telefone" é um clássico...e no meu caso era sempre verdade, agora já era). E como você personaliza um Palm? Tá, bota umas fotos, umas músicas, mas ninguém vê, só você. Falta aquela troca, aquela chance de deixar os outros te conhecerem um pouco só olhando pra sua agenda. Bom, talvez eu seja a única maluca que fica fazendo análise de personalidade através da agenda, mas que eu faço eu faço. E ninguém pode fazer de mim, porque eu não tenho mais agenda!
Isso só pra falar de agendas, sem contar as cartas, com papel de carta perfumado e envelope que combina (que aliás, podia ser trocado por 2, certo?- observação exclusiva para meninas que já colecionaram papel de carta). E os cartões de aniversário?? Tem coisa mais antipática, e no entanto mais prática, do que cartões virtuais? Poxa vida, e aqueles cartõezinhos que vinham do Paraguai e tocavam parabéns pra você com aquele som irritante quando você abria, até a bateria acabar? Acabou, acabou. Hoje em dia, mesmo morando longe de vários potenciais "remetentes" as únicas cartas que eu recebo são contas, nada divertido isso. Mas aí é assunto pra um post mais sério e reflexivo sobre os males e dilemas da tecnologia (e este post de hoje é só uma reflexãozinha inútil de uma moça sem agenda, sem marido ( no Brasil) e por isso sem vontade de ir dormir).
Se quem sabe então Montreal for um dia uma cidade submersa, pobres escafandristas, a não ser que inventem hardwares a prova d'água, não vai sobrar nada pra dar para os sábios decifrarem...
( e aqui eu colocaria um link para a letra de "Futuros Amantes", caso alguém não saiba do que eu estou falando, mas por alguma razão misteriosa minha barra de endereços sumiu e eu não sei como copiar o link. Veja só, a tecnologia.)
Do virtual pro real
quinta-feira, setembro 27, 2007 InutilidadesNa verdade, eu nunca achei que internet era lugar de conhecer gente, mas sim pra manter perto as "gentes" já conhecidas. No entanto, depois que comecei com essa insanidade que é bloguear, me peguei mais de muitas vezes pensando o que fulano vai pensar quando ler este post? Será que ciclano voltou de viagem? Como será a casa nova dela? Será que ele já fez isso? Tadinha dela gente...Poxa vida, vou orar por isso e tantos outros pensamentos - sendo ciclano, fulano, ela e ele pessoas que eu nunca vi na vida, muitas vezes nem sei que cara tem, com algumas raras exceções.
Mas bem, de passaporte virtual carimbado, estou empolgadíssima com meu primeiro encontro real do mundo virtual. Gente, gente, gente...eu vou conhecer a Flávia!! . E pensar que foi por causa do Iglu que este blog surgiu...é quase como conhecer a mãe do seu filho, sendo que ela não é você...ok, pensamento confuso, esquece a metáfora.
O fato é que arranjei um congresso de desculpa pra conhecer a costa Oeste. Convenci o marido que ele vai ter muitas coisas para fazer com Impermeabilizack (a prova de chuva de Vancouver) enquanto eu estiver no congresso e que vai ser super divertido. É claro que o congresso nesse momento passa a não ser mais tão importante assim... Vancouver aí vamos nós! Contagem regressiva, em duas semanas. Aguardem fotos do encontro histórico das pessoas sem sapatos com os habitantes do Iglu... (histórico para mim já que vai ser o marco da travessia da fronteira cibernética -ok, hoje eu estou meio alterada nos meus exemplos, melhor ir dormir).
Flávia - eu vou ser a moça baixinha, meio gordinha, tentando tirar uma pedra da boca de um nenê baixinho e meio magricela que foge fazendo tchau, com uma rosa amarela no colarim :-)
Mural atrasado
quinta-feira, agosto 23, 2007 Fugindo do SPA, Inutilidades, Inverno, MuralSegundo, durante os 4 primeiros meses de gravidez (explica- se sua condição, Bibi). Eu só conseguia comer maçã, alface e bolacha água e sal. O resto eu não podia nem cheirar, vai entender.
Bibi: Consegui uma vaga na creche da McGill, onde eu estudo, que é em inglês. Mas coloquei o nome dele na lista de espera no dia que eu saí do hospital com o resultado do exame de sangue. Quase 2 anos depois, ainda teve toda uma história de persistência, chatices e confusões para realmente conseguir a vaga, mas agora ele está lá!
Mariana: Bem vinda ao clube, puxe uma cadeira, tire os sapatos e...vai um chocolatinho? Um pãozinho de queijo com requeijão então? Que nada, continue firme na sua dieta, dou o maior apoio. Só não me conte se você emagrecer porque nesse caso, eu vou acabar tendo que me convencer que essa coisa de dieta funciona.
Sandra: Os casacos "clássicos" daqui, "orgulhosamente feitos no Quebec, para o frio do Quebec", são da marca KANUKI. Eu particularmente não curto o estilo, mas que eles são super quentes e leves, isso são. O meu (e digo "o" meu porque você fica usando o mesmo casaco durante pelo menos 4 meses, todos os dias, sem lavar...argh! Pois é, mas isso é assunto pra outro post) eu comprei na "Le Monde des Athletes" e é super bom também, não passei frio, na medida do possível. Aparentemente, o importante é que ele seja "recheado"de pluma de ganso (porque é quente sem ser pesado), de tecido impermeável (pra não molhar com a neve) por fora e de preferência de "polar" por dentro (um tecido tipo o soft que um dia foi moda no Brasil), com gorro (eu particularmente odeio toca porque o cabelo fica todo amassado, entao só uso o gorro do casaco), sendo o gorro removível (pra você usar lá por Março quando não está mais tão frio assim) e com pluminhas em volta (as do meu também são removíveis - a pluminha ajuda a neve a não entrar no seu olho quando você está andando), de ziper, mas com uma cobertura sobre o ziper que pode ser de botão ou velcro (para não deixar o vento frrrrrrio passar pelos buraquinhos do ziper), deve ter um elástico por dentro na manga, pra não deixar a neve, nem o vento entrarem e longo (o meu é até o meio da canela, ou seja, até a altura que a bota vai). Veja na etiqueta até que temperatura ele aguenta (em geral, os bons devem aguentar até -30). Para as crianças é legal ter 2 peças (comprei o novo do Zack ontem, na loja "Souris Mini", eles tem uns super fofos. Ano passado comprei na "Bleu et Rose", mas essa eu não sei se tem em Quebec), um macacão por baixo e a jaqueta por cima, seguindo os mesmos critérios. As 2 peças dão mais liberdade de movimento (porque ao contrário dos adultos que fogem da neve, as crianças se esbaldam e brincam MESMO. Na creche ou escola eles brincam todo dia do lado de fora, a não ser em condições extremas= menos de -30, ou tempestade de neve).Vixe, só de falar deu frio.
Comemorando
domingo, agosto 19, 2007 InutilidadesE também pra tirar "da capa" o último post altamente glutão, que não pega nada bem pra minha imagem.
Amanhã voltarei com alguma coisa possivelmente interessante, mas mais provavelmente bem inútil que pensei em algum momento do dia, mas que agora não me ocorre.
Lições
terça-feira, agosto 14, 2007 InutilidadesNa terça-feira passada fomos eu, as 2 sobrinhas mais velhas (de 6 e 8) e Princhuquinho para o parque de diversões daqui. Mais pra aplacar minha consciência pesada pois tive que trabalhar vários dias enquanto eles foram passear e minhas sobrinhas vieram dizer: "Poxa, tia, você quase nem saiu com a gente" e pra bancar a "super-tia", do que realmente por vontade própria, mas fomos.
Lição número 1: Se seus familiares estão na sua casa por um mês, tente ajustar sua agenda para fazer o máximo de programas possíveis com eles, porque quando você não faz, a consciência pesa e você tem que fazer um super-programa no último dia pra compensar tudo.
Não posso dizer que não foi divertido. Foi. Voltei só o resto, ou nem isso, mas valeu. Princhuquinho descobriu sua vocação pra cavaleiro e adorou o carrossel, além de outros brinquedinhos para bebês. Ainda tenho a impressão que seu brinquedo preferido foi um tal de "peito e sombra", esse sim sob medida para crianças de 1 ano, mas vale como primeira experiência "parquística". Adoraria ter uma máquina fotográfica pra registrar o momento, mas a minha foi perdida por uma das sobrinhas em um incidente fatídico. Pior é não ter nem moral pra dizer nada já que dias antes eu tinha perdido $1000,00 - mas essa é outra história.
Lição número 2: Nunca dê uma coisa cara para uma criança de 8 anos levar na bolsa, mesmo que ela jure que vai tomar cuidado. Também não dê dinheiro pra ser trocado no banco por uma pessoa de 26 anos que nunca confere o dinheiro que recebe, ela pode não notar que está faltando uns trocadinhos.
Agora entendo melhor porque minhas (5) tias faziam (e fazem até hoje) questão que a gente ficasse tanto tempo na casa delas e até brigavam pra ver na casa de qual iríamos ficar (já que metade de Uberlândia é parente meu). Ser tia é bem bom. Você pode ficar lá, bancando "A tia que eu sempre quis ter" e quando a coisa aperta, é só recorrer ao "só se sua mãe deixar". Em caso de resposta negativa o monstro fica sempre sendo a mãe, enquanto você mantém seu posto.
Lição número 3: Deixe suas sobrinhas em férias na sua casa comerem mais de 4 sorvetes em um dia, almoçarem no McDonalds, comprarem todos os chocolates, balinhas e chicletes que quiserem, brincarem na maquininha que ganha bicho de pelúcia, dormirem na barraca na sacada e ficarem acordadas até tarde, tudo escondido dos pais delas. Se eles perguntarem, negue tudo - mas longe das crianças porque você é legal, mas não é mentirosa.
Homens e mulheres/ Pais e mães são realmente seres distintos, as mulheres/mães sendo realmente dotadas de um algo a mais no quesito lidar com várias coisas ao mesmo tempo (leitores me perdoem, mas é um fato). Posso relatar inúmeras situações, mas a mais ilustrativa foi essa: Eu fazendo chapinha no cabelo da minha cunhada, enquanto ela conversava com meu marido e costurava a roupa de uma das meninas, além de escolher a roupa da outra e dar instruções pro marido na cozinha. A mais nova interrompendo a cada 5 segundos a conversa. Meu marido tentou: "Nicole, por favor pára, o tio está ocupado" - obviamente sem resultados. Minha cunhada: "Vou fazer uma mágica, pir-lim-pim-pim, você virou uma abóbora! Vai lá no espelho olhar, corre, corre!" - e isso rendeu paz por uns vários minutos.
Lição número 4: Se você nasceu homem, sinto muito meu caro, passe a vida fazendo uma coisa de cada vez.
Olhando minha cunhada e seu marido lidarem com as crianças, finalmente achei um ponto negativo em ter 2 empregadas e 1 babá a seu serviço (mas não se iludam, eu posso nomear pelo menos uns 427 positivos). O marido tende a ficar bem mais distante dos cuidados das crianças já que quando a babá não está lá, a responsabilidade implicitamente fica sendo da mãe. Além do que (ok, ok, isso são 2 pontos positivios), a própria mãe tende a sofrer mais já que todo mundo sabe, é muito mais fácil se acostumar com o fácil, do que com o difícil (o difícil sendo a vida sem empregada e babá, que fique claro).
Lição número 5: Se você não tem escolha (ou não tem quase $200/dia pra pagar uma babá e uma empregada no "primeiro mundo"), agarre-se ao fato e gabe-se pra mundos e fundos que você é realmente uma super-heroína conseguindo manter uma casa, um filho, um trabalho, um doutorado e a sua sanidade, tudo ao mesmo tempo, com a ajuda igualitária do seu marido. E enquanto outras se queixam das toalhas manchadas pela empregada e da falta de tempo, você está lá...viva pra começar, e até arranja tempo pra escrever bobagens como estas.
Fórmula 1
domingo, junho 10, 2007 InutilidadesTecnologia
quarta-feira, junho 06, 2007 Fugindo do SPA, InutilidadesEu, meio aversa a modernidades estou me sentindo super moderninha, tenho até fotos e links no meu blog (o próximo passo é ter vídeos, diz o irmão mais novo). Não é possível que mesmo assim Modernack vai me achar atrasada quando ficar maior um pouquinho...certo, certo.
Em tempo e em resposta a todas as palavras de apoio dos caríssimos leitores, 2 dias de regime e ainda não matei ninguém, por pouco. E foi por pouco também que eu não devorei a papinha do Princhuquinho, por muito pouco. Fora isso estamos indo bem. Já disse pra vocês o quanto eu amo brócolis e pepino?
Nova fronteira
quinta-feira, maio 31, 2007 Inutilidades, Longe de CasaEu sei, este não é o tipo de assunto que se fala por aí, como "nossa, hoje depilei minha virilha... foi assim...", acalmem-se, caros leitoreis, este não é o assunto do post, o assunto tá chegando...
Bom, acontece que hoje eu tinha horário marcado para o célebre, mundialmente conhecido e cobiçado de Holywood a Paris, "bikini brasileiro". Se você é mulher, sabe do que eu estou falando, se é homem, pergunte para a mulher mais próxima, se for sua esposa/ namorada talvez seja menos constrangedor, essa é minha dica.
Eu, que normalmente tenho antipatia de ficar conversando com uma pessoa que está...bem, digamos assim, te vendo sob um ângulo um tanto quanto interessante (vale também para ginecologistas, principalmente se for homem - você lá, naquela situação e o indivíduo perguntando dos seus estudos, trabalho, a família...aaa, tenha a santa paciência) , acabo nunca resistindo e dizendo que eu sou brasileira, aquele ufanismo de quem sabe o que a nação produz de melhor, e também para mostrar conhecimento de causa, como um médico indo ao médico, não venha me tapear, "eu sei como um bikini brasileiro deve ser".
E é neste momento que chega a parte interessante, quando a mocinha depiladora me pergunta: "Ah que legal você ser do Brasil..." e depois de algum tempo de reflexão: "O Brasil, fica do lado da França né?" - Ãh?? - Eu sabia que devia ter continuado calada.
Que Buenos Aires é a capital, que a língua falada é Espanhol e que os macacos andam pela rua isso eu já sabia, agora, essa nova fronteira, foi toda uma aprendizagem. Só pode ser culpa mesmo daquele Cristo Redentor e sua semlhança gemelar com a tal da Torre Eiffel. E é assim, quando você pensa que já sabe tudo sobre seu próprio país é que você descobre que ainda tem tanto a aprender. Você paga para fazer o tal bikini o que pagaria no Brasil pra fazer a depilação completa, manicure, pedicure e massagem relaxante, mas pelo menos sai sabendo bem mais do que quando entrou, e o conhecimento meus caros, este não tem preço.
As pequenas coisas...
domingo, maio 20, 2007 Fugindo do SPA, Inutilidades, Vida loucaComo estatística é um assunto que me dá calafrios só de pronunciar, e este curso já não é nível "fraldão", lá fui eu procurar minhas falecidas, sepultadas e esquecidas anotações para revisar, semanas atrás. Não as encontrando no meu organizadíssimo armário, corri pra biblioteca a fim de achar algum livro que me desse uma luz, mas todos estavam emprestados e só seriam retornados neste semana. Peguei umas referências secundárias e decidi que o dia D estudar era hoje. Pois hoje, depois de acordar e alimentar o tal galinho, abri meus emails e lá estava o email da biblioteca dizendo que o livro que eu queria tinha sido devolvido.
Sem desculpas para dar a mim mesma para não ir de bicicleta buscar o livro já que o dia estava perfeitamente ensolarado, com céu azul e tudo e já que ontem eu tinha me atolado de fondue de chocolate, lá fui eu, praguejando e pedalando e seguindo a canção. Ao longo do caminho, aos poucos, a alegria foi invadido meu preguiçoso ser , transformando meu dia fadado ao fracasso em dia perfeito.
Pedalando pelas simpáticas ciclovias de Montreal, cruzei com várias pequenas coisas que me fazem sorrir. Muitas crianças, algumas pedalando suas minúsculas bicicletas com rodinhas, outras na cadeirinha presa a bicicleta dos pais (está na minha lista de compras), outras soltando bolhas de sabão ou correndo atrás de esquilos nos muitos parques que ficam no caminho entre minha casa e a universidade. Casais "de uma certa idade" andando de patins de mãos dadas, parque de cachorros, cheio de cachorros brincando, aspirador de pó gigante ( aqui ao invés de vassoura e pá, os "garis" vão passando pelas ruas e calçadas com uma espécie de carrinho, tipo carrinho de golf com um aspirador gigante acoplado, eu acho isso tão divertido! Já até pensei em arranjar um desse em miniatura pra Garizack limpar o chão que ele adora lamber por aqui, lúdico e útil ao mesmo tempo). Uma mulher grávida passeando pelo parque (o que me deu uma certa saudade, que seria mais forte se encontrassem uma forma de pular direto da fase grávida para a fase "com bebê", sem parto). Era tanta coisa pra ver que eu até esqueci do meu plano de gordinha de ir só até metade do caminho de bicicleta e a outra de metrô e quando me dei conta já estava lá (e não pensem que isso foi 15 minutos depois, não, não, 45 minutos no mínimo!)
Cheguei na biblioteca, peguei meu livro, e fui embora contente. Na volta aproveitei pra passar pela "grande biblioteca", a central de Montreal, só pra ver mais coisas que amo: livros e mais crianças escolhendo livros nas prateleiras e sentadinhas nos muitos puffs pra ler, assistindo DVDs, ouvindo histórias... Devolvi os livros que tinha pego uns tempos atrás, peguei mais 3 pra Literack, 1 pra mim, 2 CDs e segui meu caminho atlético e feliz. Seria mais feliz se não tivesse uma subida extenuante entre a biblioteca e minha casa, na qual vários velhinhos de 70 anos me passavam com facilidade. No ski eram as criancinhas de 4, agora são os velhinhos...esta minha vocação para os esportes...
Chego em casa e só de ouvir o barulho da porta outra criancinha feliz e minha surge se arrastando que nem um lagarto maluco chamando "mamama" com um sorrisão na cara. A dose de alegria foi tão alta que até agora não consegui sentar pra estudar a dita cuja da estatística, mas uma hora a gente tem que encarar, mesmo que essa hora seja duas da manhã. Tudo bem, não são umas formulinhas e uns numeruzinhos bestas e incompreensíveis que vão dissipar meus inúmeros momentos alegres do dia.
Boa semana pra vocês, com uma estatística de muitas pequenas coisas felizes!
Não-saudades
domingo, maio 06, 2007 Inutilidades, Longe de CasaMuitos dias porém, eu penso em coisas das quais não tenho saudade, até pra tentar diminuir a saudade das outras. Não tenho saudade de andar com o vidro do carro fechado, de boné pra não pensarem que eu sou uma mulher sozinha no carro de noite e paranóica olhando se não tem ninguém vindo me assaltar no semáforo. Não tenho saudade de muvuca em shows (aqui nunca dá confusão). Não tenho saudade da minha renite alérgica e do meu ex-fiel-amigo rolo de papel higiênico, devido ao insalubre ar da velha e boa Sampa. Essa semana, lendo o recém conhecido blog da Juliana, lembrei de outra coisa da qual absolutamente não tenho saudade: do trânsito.
Lembro sem nostalgia dos meus idos dias em São Paulo, chegava a gastar mais de 4 horas no trânsito por dia, isso mesmo, 4 ou mais. O mais produtivo de todas estas horas congestionadas foram as estratégias que desenvolvi pra passar o tempo e não pensar em tudo que eu podia estar fazendo e não estava por causa do $%#@^& trânsito. Coloco-as aqui pois podem ser de serventia a algum paulistano a beira de um ataque de nervos:
1- Fazer a sombrancelha (enquanto o sinal está vermelho, é uma maravilha, você fica até torcendo pro sinal não abir).
2- Brincar de "qual é a música" ouvindo rádio ("uma nota maestro" - desliga o rádio, canta o próximo pedaço, adivinha o nome, liga o rádio e confere).
3- Decorar "Águas de Março" (essa me rendeu entretenimento por semanas, o objetivo era decorar antes do meu irmão, o que acrescentou um caráter esportivo à coisa, eu ouvia, voltava, verificava e sei de cor até hoje, útil não é, mas divertido é com certeza. Se você for mais adolescente pode tentar também "Faroeste Caboclo").
4- Ler um livro que possa ser lido em pedacinhos e não exija muita atenção (o meu era um que descrevia os capítulos de "Friends", as vezes o povo buzinava, mas tudo bem, eles só estavam buzinando porque também gostariam de ter um livro pra ler, mas não tinham).