Vaidade...

Das muitas coisas que eu não faço para manter a boa forma e a sonhada juventude eterna, uma das que eu faço é passar cremes. É quase obsessivo, chega cansa. Às vezes me dá preguiça só de pensar, já que eu sei que mesmo que eu não queira, vou passar todos os meus infinitos cremes depois do banho. E são muitos mesmo, para celulite, estrias, auto-bronzeador, firmeza da pele, anti-rugas, área dos olhos, para os pés e para as mãos. Fora os do cabelo: silicone, condicionador sem enxágue, para as pontas, para alisar...é uma tristeza. Sempre que vamos viajar Princhucão tem que me lembrar do limite de cremes permitido, e é sempre um sacrifício escolher quais irão e quais ficarão, já que bem se sabe, todos são essencias para a minha sobrevivência.

Uma amiga ganhou do marido um controle remoto universal, uma maravilha, com um único controle você controla a TV, o DVD, o aparelho de som, a caixinha da TV a cabo, e se bobear, até o marido (sem ofensas, caro marido da amiga:-)). Deviam inventar um creme universal, em um só produto (de preferência em spray, pra facilitar) a cura de todos os males, da gordura localizada à preguiça de fazer exercício. Seria um sucesso de mercado, eu mesma seria a primeira a comprar. Bastava seguir as instruções de uso básicas de todos os cremes, que lhes isenta da culpa pela ausência de resultados: "para melhores resultados, o uso deste produto deve ser acompanhado de uma dieta equilibrada, exercícios regulares e blá, blá blá..." - Ah! Francamente, se eu fizesse tudo isso, não precisaria de nenhum creme!Mas como na lista de auto-enganos (logo abaixo de "amanhã eu começo a dieta") sempre tem espaço para alguma coisa que dê uma leve aliviada na consciência, fica o ritual dos cremes como algo de extremamente importante que eu faço por mim mesma.

Mas como um dia, essa gordura pós-gravídica tem que me abandonar, por bem ou por mal, e por bem pelo visto não vai ser, amanhã começo realmente a me exercitar. Se trata de uma atividade no parque aqui do lado de casa, chama "Cardio-Poussete" (Cardio- Carrinho), onde mamães gordinhas vão com seus nenês fofinhos se exercitar no parque. Acho que Princhuquinho vai gostar já que adora bater perna por aí, olhar as árvores e encontrar outros bebês. Já a alegria da Mamãe provavelmente não será tão imensa, mas são os sacrifícios que fazemos em nome da vaidade. Mas que fique claro, é só enquanto não inventam o tal creme milagroso.

PS - Atualizando a doença de Rubeolack, houve um problema de tradução por parte de Confuseiko. O que ele teve na verdade foi uma tal de Roseole, que não sei o que é, só sei que é ainda menos grave do que Rubéola e não é perigosa pra gestantes. Parece que nossa quarentena foi meio à toa...